O candidato ao Governo de Minas pelo PSDB, Marcus Pestana, fez diversas críticas ao atual governador Romeu Zema (Novo), em entrevista concedida ao BHAZ nesta quarta-feira (21).
Pestana foi questionado sobre a participação do PSDB no governo Zema: o líder de governo do mandatário na Assembleia Legislativa, Gustavo Valadares, era do partido até abril deste ano. A secretária de Planejamento e Gestão do governo estadual, Luísa Barreto, deixou o PSDB em agosto.
Já o vice de Zema, Paulo Brant, se filiou ao PSDB em 2021 após deixar o Novo, e hoje é o candidato a vice na chapa de Marcus Pestana. O candidato, no entanto, negou que seja contraditório apresentar críticas à gestão atual.
“Nós disputamos o segundo turno com Zema, com a candidatura de Antonio Anastasia. Eu coordenei a campanha, e certamente Minas estaria muito melhor se tivéssemos eleito o Anastasia. O PSDB tem uma vocação para a construção de consensos e uma responsabilidade social e política republicana”, disse.
Pestana defendeu que “ninguém governa sozinho” e que um governador precisa de uma maioria parlamentar, que o Zema não tem: “entendendo isso, o PSDB foi o primeiro partido a dar a mão, não no sentido do apoio ao Zema, mas no sentido de defender os interesses da população numa crise profunda”.
“Eu sempre fui crítico, não é questão pessoal, não quero brigar com Kalil ou com Zema. Eu acho o atual governo medíocre, por isso meu slogan é ‘Minas merece muito mais’. É um governo acanhado, tímido, que não tem a ver com a história de Minas. O Zema é muito menor do que a cadeira de governador”, completou o candidato.
Ele ainda afirmou que o partido Novo tem um “espírito de seita” e defende um “liberalismo tosco”.