Zema vota em Araxá e pede paz neste 2º turno: ‘Torcer para que os ânimos não se exaltem’

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Romeu Zema (Novo) votou em Araxá na manhã deste domingo (Reprodução/@romeuzemaoficial/Instagram)

O governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), votou na manhã deste domingo (30) em Araxá, no Alto do Paranaíba.

Após o voto na Escola Estadual Delfim Moreira, no Centro de cidade, Zema concedeu entrevista coletiva e pediu paz durante este segundo turno das eleições.

“Nós temos que lembrar que hoje é o dia da democracia, um dia em que nós temos que valorizar as nossas instituições. A previsão é de que as eleições transcorreram muito bem”, começou o governador.

“A Polícia Militar preparou um esquema para que o trâmite das eleições seja o mais normal possível. E vamos torcer para que os ânimos não se exaltem muito”, continuou Zema, que estava vestido com uma camisa verde e amarela.

O político do Novo citou a principal rivalidade mineira no futebol. “Não estamos falando aqui de Atlético e Cruzeiro e, sim, de pessoas que têm propostas diferentes. Independentemente do resultado, o que nós queremos é que o vencedor venha a trazer melhorias para o brasileiro e para o mineiro”.

Decepção da campanha de Bolsonaro com Zema

A campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) demonstrou nos últimos dias frustração com o desempenho de Zema como cabo eleitoral em Minas Gerais.

De acordo com a coluna de Gerson Camarotti, integrantes da campanha começaram a criticar abertamente o governador mineiro sobre a tentativa de virar votos no estado.

A expectativa era que Zema conseguisse mobilizar prefeitos para que o candidato do PL pudesse liderar a campanha no segundo turno, o que não aconteceu.

O desempenho do político gerou desconfiança na campanha e o alerta surgiu mais forte em Montes Claros. Na cidade do Norte do estado, Bolsonaro fez um evento fechado com Zema para prefeitos, mas a baixa adesão assustou.

Zema nega que Novo seja bolsonarista

O governador Romeu Zema negou que o partido Novo esteja “virando bolsonarista”. Em entrevista ao Estadão, o político disse que acha “natural” que grande parte do partido tenha declarado apoio a Bolsonaro.

“Seria estranho se, em Minas, eu estivesse apoiando o Lula e não o Bolsonaro. E o mesmo se estende para as demais lideranças e para os filiados do Novo. É o presidente Bolsonaro e não o PT que tem as pautas mais próximas das nossas”.

O chefe do Executivo estadual ainda disse que ficou “decepcionado” com João Amoêdo, que declarou voto em Lula no segundo turno. O político defende a desfiliação do colega do partido.

“Sou um mero filiado, entre os cerca de 30 mil filiados do Novo, mas recomendo que ele não permaneça. Num partido liberal como o Novo, todo mundo tem o direito de discordar. Mas, se a discordância for muito grande, a recomendação é ‘vai jogar no time adversário’. Se você quiser fazer gol contra, deve jogar do lado de lá e não do nosso lado”, completou.

Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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