A história da Torre de Babel, narrada no Antigo Testamento da Bíblia cristã, não só relata a construção de uma enorme edificação, como busca explicar a criação dos múltiplos idiomas do mundo. Em Belo Horizonte, o mito ganha forma, sendo o ponto de partida conceitual de um novo empreendimento gastronômico localizado no coração da cidade.
Projetada no encontro das avenidas Amazonas, Bias Fortes, Augusto de Lima e Olegário Maciel, a Praça Raul Soares constitui patrimônio inestimável de Minas Gerais. Palco de debates, manifestações e encontros, o local é símbolo de pluralidade e convergência de pessoas e ideias.
Nada mais representativo, portanto, que a concretização de todo esse legado. E daí surgiu, em outubro deste ano, o restaurante Babel, com o propósito de se firmar como o boteco de todas as línguas. A casa, de aproximadamente 650m², ocupa o ponto onde outrora abrigou o lendário Scaramouche, restaurante marcado na história da capital.
Revitalização
Babel é a nova aposta do arquiteto e empresário Alfredo Lanna, sócio de outros pontos importantes de Belo Horizonte, como a casa de shows Autêntica e a Pizzaria Panorama. Segundo o empresário, a ideia de investir no hipercentro da capital dialoga com os planos de revitalização de espaços públicos da prefeitura.
Nos últimos meses, a Praça Raul Soares tem se tornado o novo “point” da capital.
“Temos presenciado também uma efervescência da cena gastronômica com a abertura de bares e drinquerias, em antigos prédios nas proximidades, o que vem trazendo uma cara nova ao Centro. Isso sem falar que estamos a poucos metros do Mercado Central, nosso símbolo gastronômico e turístico mais importante”, pontua Alfredo.
De acordo com o arquiteto, a possibilidade de transformar um imóvel abandonado em um ponto contemporâneo de reuniões potentes também foi combustível para a nova empreitada. “Esse é um lugar que, definitivamente, tem se tornado celeiro de boa comida e bons encontros”.
Cozinha mundial
Para suprir a expectativa histórica sobre o local, o chef Daniel Pantuzzo assume a assinatura do cardápio. No mercado da gastronomia há quase duas décadas, o belo-horizontino tem ascendência síria e portuguesa, além de passagens por restaurantes fluminenses e italianos.
Para o menu do Babel, o chef promete materializar pluralidade cultural e técnicas internacionais. Um dos destaques é o Bolinho de Galinhada (R$ 42), prato representativo do Cerrado, que, nas mãos de Pantuzzo, ganha ares italianos, sendo preparado com arancini, bolinho de arroz muito comum no país europeu.
As sobremesas também trazem um pouco de delícias internacionais, a começar pelo Crème Brûlée (R$ 18), símbolo da confeitaria francesa, que com o talento de Daniel Pantuzzo, ganha um ‘q’ mineiro com doce e leite como um dos ingredientes. A casa também oferece almoço executivo com várias opções.
A carta de drinques do Babel conta com mais de 20 preparos autorais do bartender Lucas Brandão. Entre eles, o Scaramouche (R$ 30), que homenageia o antigo restaurante alocado no local. A casa também trabalha com chopes artesanais da Vinil, como Pilsen e Pale Ale, de preços a partir de R$ 10.
Então se liga
Restaurante Babel
Endereço: Avenida Bias Fortes, 1160 – Centro
Funcionamento: Domingo: 12h às 19h | Segunda-feira: 11h30 às 15h | Terça a quinta-feira: 11h30 às 0h | Sexta e sábado: 11h30 à 1h
Almoço executivo: disponível de segunda à sexta-feira, das 11h30 às 15h
@babelbh