Festival forumdoc.bh exibe 65 filmes nacionais gratuitamente e valoriza produção indígena

mato seco em chamas
Festival de documentário forumdoc.bh exibirá filme ‘Mato Seco em Chamas’ (Divulgação/forumdoc.bh)

A 26ª edição forumdoc.bh (Festival do Filme Documentário e Etnográfico, Fórum de Antropologia e Cinema) está prestes a começar BH. O evento gratuito ocorre entre os dias 10 e 20 de novembro, em formato híbrido. As exibições presenciais terão como palcos o Cine Humberto Mauro e o Cine Santa Tereza.

Nesta edição, serão 65 filmes distribuídos em três mostras e sessões de homenagem, além do seminário “Imagens Indígenas do Sul e do Norte: cinemas yanomami-inuit”. os diretores Sylvain George, Adirley Queirós e Joana Pimenta farão uma masterclass sobre a realização de seus trabalhos mais recentes.

Haverá, também, lançamento dos livros “Sob os tempos do equinócio”, de Eduardo Góes Neves, e “O Sorriso de Nanook – Ensaios de Antropologia e Cinema”, de Marco Antônio Gonçalves. Ambos são referência na reflexão sobre o filme etnográfico e sobre as novas bases de pesquisa na Amazônia.

Programação

A abertura do forumdoc.bh, no dia 10 de novembro, será no Cine Humberto Mauro, às 19h. O evento vai exibir o filme “Mato Seco em Chamas”, de Adirley Queirós e Joana Pimenta e, logo após, os diretores e a montadora Cristina Amaral comentarão a obra. Confira a programação completa neste link.

A Mostra Contemporânea Brasileira está de volta nesta edição, com a exibição de 35 títulos nacionais produzidos entre 2021 e 2022. Ao todo, mais de 460 realizadores inscreveram seus trabalhos, e a seleção ficou por conta das cineastas Maya Da Rin e Milena Manfredini, e dos pesquisadores Ewerton Belico e Paulo Maia.

A Mostra Imagens Indígenas do Sul e do Norte: Cinemas Yanomami-Inuit é uma outra exibição importante do evento. O tema é a relação entre os cinemas realizados por povos originários da Amazônia e do Ártico, em que se propõe um encontro entre eles por meio da exibição de 18 filmes produzidos por eles.

Cena do filme ‘Mato Seco em Chamas’, de Adirley Queirós e Joana Pimenta (Divulgação/forumdoc.bh)

Mostra promove formação crítica

“Minha maior expectativa para a 26ª forumdoc.bh é, sem dúvida, a retomada da programação presencial, o encontro com o público e os filmes na sala de cinema, os debates e bate-papos após as sessões”, diz Paulo Maia, curador da Mostra Contemporânea Brasileira.

O forumdoc.bh foi criado com o objetivo de compartilhar filmes de difícil acesso nas salas de cinema tradicionais. Por meio disso, o evento promove a reflexão e a formação crítica do público, fomenta a pesquisa e a qualificação da produção audiovisual dos filmes documentários.

Diversidade como conceito principal

Nos últimos anos, o evento tem apresentado uma produção potente para a renovação do filme documentário como uma forma de expressão de coletivos e grupos étnico-raciais marginalizados. Realizadores indígenas, cinemas negros e queer e autores periféricos têm utilizado o forumdoc.bh como uma oportunidade para produzir e apresentar seus trabalhos.

“O festival do filme documentário e etnográfico tem na diversidade seu conceito central. Diversidade de olhares, filmes realizados em diferentes contextos étnicos, sociais, geográficos e raciais. Temos interesse  por outras formas fílmicas, filmes-performances, ficções, filmes diários”, diz a organizadora Júnia Torres.

Edição: Roberth Costa
Andreza Miranda[email protected]

Graduada em Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2020. Participou de duas reportagens premiadas pela CDL/BH (2021 e 2022); de reportagem do projeto MonitorA, vencedor do Prêmio Cláudio Weber Abramo (2021); e de duas reportagens premiadas pelo Sebrae Minas (2021 e 2023).

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