De volta! Praça Raul Soares recebe nova edição do Circuito Urbano de Arte neste mês

6ª edição do festival CURA ocorre em BH
Nova edição contará com apresentação do grupo Giramundo (Marcelo Gandr/Giramundo/Divulgação)

O Cura (Circuito Urbano de Arte) voltará à Praça Raul Soares, no Centro de BH, para mais uma edição neste mês. Entre os dias 14 e 25 de fevereiro, obras inéditas de Mag Magrela – artista selecionada pela convocatória em 2021 – e o cinquentenário grupo Giramundo se juntam à galeria para a 6ª edição do circuito que espalha arte pelas ruas da capital mineira.

Priscila Amoni, idealizadora do festival ao lado de Janaína Macruz e Juliana Flores, falou sobre a última edição do Circuito. “Em 2021, o CURA concebeu um festival-ritual para irradiar a partir da praça, um novo ambiente de imersão em arte pública. Foi lindo ver o encanto acontecer desde o momento em que convidamos geral para ver o que sempre esteve entre nós: uma Raulzona de cultura marajoara viva em grafismos e em espírito presente, praça cheia de história e vivências”, conta.

Desta vez, uma das atrações do festival é o Giramundo, um dos grupos mais tradicionais de teatro de bonecos do Brasil. Durante o festival, o grupo apresenta a instalação “Gira De Novo” no dia 14 de fevereiro, inspirada no cosmograma bakongo. Pensada para ocupar a praça, a instalação traz os ciclos do universo, os movimentos do sol e as fases da vida humana como símbolo de recomeço. A instalação fica na praça até o dia 25 de fevereiro.

Arte fortalecida

Além do grupo Giramundo, a partir de 17 de fevereiro, a multiartista Mag Magrela terá suas obras presentes no Cura. A artista é uma das referências nacionais na cena contemporânea de arte urbana e traz suas formas femininas singulares que já tão reconhecidas no graffiti para falar sobre passado, resiliência, sobre passar por tempos difíceis, sobre cura.

“2021 foi cheio de desafios para a realização do Cura. As entregas ganharam outros significados diante dos impasses vividos pela cultura no país, especialmente com a atuação em âmbito federal no sentido de enfraquecer o setor cultural, atrasando processos, autorizações, homologações, liberações de recursos, etc., desidratando a cadeia produtiva da cultura. Sentimos ainda mais orgulho e alegria por tudo que foi apresentado e compartilhado até agora” explica Juliana Flores.

“Nossa cidade é nossa galeria de arte pública e nos lembra de que, quando a gente se apropria do espaço urbano, constrói também um sentido de pertencimento, faz dele nosso também, é capaz de transformá-lo. 2022 é o ano da cura, do recomeço, dos reencontros”, completa.

Sobre o Cura

A 6ª edição do Cura está maior do que as anteriores tanto na duração quanto nos modos de conviver na cidade. Isso é destacado na escolha por uma curadoria que se aprofunda em um Brasil que não é somente urbano e sudestino.

Naine Terena de Jesus, pesquisadora, mestre em arte e mulher indígena do povo Terena, e Flaviana Lasan, artista visual e educadora, com pesquisa sobre a presença da mulher na história da arte, somam seus olhares e vivências com as das idealizadoras Janaína Macruz, Juliana Flores e Priscila Amoni.

Giulia Di Napoli[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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