O homem de 25 anos acusado de matar o sargento da Polícia Militar Roger Dias durante uma “saidinha” em Belo Horizonte publicou um vídeo em que aparece fumando e ouvindo um pagode romântico dentro da cela nessa segunda-feira (13).
Welbert de Souza Fagundes está preso Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Nas imagens, publicadas em uma rede social, o preso aparece “sensualizando” para a câmera.
No início do mês, Welbert precisou ser socorrido após atear fogo em um colchão da cela em que estava. Após receber atendimento médico, o homem de 25 anos retornou para a penitenciária.
Um dia antes, o detento também se feriu superficialmente em uma das mãos. Mais recentemente, o preso teria relatado que estava “ouvindo vozes”.
Cela vai passar por revista ‘minuciosa’
Ao BHAZ, a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) informou que “uma revista minuciosa será realizada na cela do referido custodiado para verificar qualquer irregularidade”.
“Ressaltamos que o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) realiza diariamente várias ações de revista em celas para coibir a entrada ou permanência de materiais ilícitos ou não permitidos no interior das unidades prisionais sob sua administração”, acrescentou a pasta.
Nesta terça-feira (14), o Depen (Departamento Penitenciário Nacional) divulgou que o Complexo Penitenciário Nelson Hungria tem equipamento bloqueador de celular.
A tecnologia, conforme divulgado, bloqueia sinal para chamadas, internet e envio de SMS de todas as operadoras. O investimento para instalação do bloqueador no Complexo Penitenciário Nelson Hungria foi de R$1,6 milhão pelo governo do Estado.
Homem que matou sargento Roger Dias em 'saidinha' posta vídeo ouvindo pagode e fumando nas redes pic.twitter.com/0a2ds7zmFL
— BHAZ (@portal_bhaz) May 14, 2024
Relembre a morte de Roger Dias
Roger Dias da Cunha morreu após ser atingido por três tiros durante uma perseguição no bairro Aarão Reis, região Nordeste de BH. Ele foi atingido por dois tiros na cabeça. Os projéteis ficaram alojados no cérebro do militar. Um terceiro disparo atingiu a sua perna.
O policial militar estava internado no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII desde o dia do crime, e seu quadro era dado como “irreversível”. Ele teve a morte confirmada dois dias após ser atingido pelos disparos.
Welbert de Souza Fagundes gozava do benefício da saída temporária e deveria ter retornado ao presídio em 23 de dezembro. Ele havia sido preso no segundo semestre do ano passado por furtar um carro em Belo Horizonte.
O homem se tornou réu pela morte do sargento Roger Dias em 30 de janeiro deste ano e foi denunciado por homicídio triplamente qualificado, já que impossibilitou defesa da vítima, praticou crime contra agente de segurança pública em exercício da função e para garantir impunidade de um crime anterior.