Num gesto solidário e de empatia, a modelo e digital influencer Paola Antonini, de 25 anos, anunciou em seu Instagram nessa quinta-feira (25) que viabilizou uma prótese para o adolescente Gabriel Lucas Alves, de 15, que teve uma das pernas amputadas depois de ser ferido por uma linha chilena, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Paola também perdeu uma das pernas após ser atropelada na avenida Raja Gabaglia, na região Centro-Sul de BH, em dezembro de 2014. Na ocasião, junto com o namorado, Paola colocava malas em um carro para seguir viagem para as festas de fim de ano quando foi atingida.
Ao saber da história de Gabriel e comentar com amigos, Paola conseguiu a adesão de vários interessados em ajudar. “Falei do Gabriel que perdeu a perna com linha de cerol em Betim. E todo o mundo tá comovido e querendo ajudar. Perguntei da vaquinha e todo mundo topou. Conversei com o Fabrício que fez minha prótese em Belo Horizonte. Ele topou e vai doar uma pernoca pro Gabriel. A gente não vai precisar fazer a vaquinha”, disse a jovem nos seus stories do Instagram (@paola_antonini).
A modelo agradeceu pela doação do protético Fabrício Daniel e pediu para que todos fiquem alegres. “O Fabrício é sensacional e sempre ajuda. Eu fiquei muito feliz e emocionada. Muito obrigada. Você é demais e o Gabriel vai ter uma pernoca nova. Vamos ficar todos felizes”, agradeceu.
+ Adolescente tem perna amputada após ser ferido por linha chilena
Gabriel teve a perna esquerda amputada nessa quarta-feira (24) no Hospital Regional de Betim. Ele foi atingido pela linha chilena enquanto voltava para casa depois de treinar em um campo de futebol. A linha chilena provocou um corte profundo em uma das pernas dele.
Segundo testemunhas, a linha estava presa em um ônibus e o coletivo a arrastou criando uma espécie de guilhotina. O adolescente foi atingido na altura do joelho.
Crime
A linha chilena tem sido a preferida de quem adora soltar papagaios. O material é resistente e tem um poder de corte quatro vezes maior que uma linha com cerol feito de vidro. O cerol chileno é feito com uma mistura de quartzo e óxido de alumínio.
Em Minas, o uso da linha chilena é crime tipificado pela Lei 14.349 de 2002. As penas podem ser de detenção e multa de até R$ 1,5 mil para quem usar o material cortante. Vender a linha também é crime e a detenção pode ser de dois a cinco anos de prisão, além de multa.
Ver essa foto no InstagramUma publicação compartilhada por Paola Antonini (@paola_antonini) em