A advogada Larissa Rodrigues de Assis, 27, morreu nesta segunda-feira (3) depois de ser atropelada por um motorista com suspeita de embriaguez na noite de sexta-feira (31), em Belo Horizonte. Outra mulher também foi atropelada e segue internada.
O suspeito teve a liberdade concedida nesse domingo (2), mediante pagamento de fiança, mas segue preso.
A morte foi confirmada pelo advogado da família, Thiago Calazans. Segundo ele, Larissa Rodrigues de Assis havia se formado recentemente em Direito e deixa uma filha de oito meses. O velório ainda não foi marcado.
O crime
Conforme boletim de ocorrência, o suspeito de 31 anos atropelou as duas mulheres ao dirigir em alta velocidade na rua Joaquim Clemente, sentido bairro Xodó Marize, na região Norte de Belo Horizonte.
Ele ultrapassou outro veículo, desrespeitando a faixa contínua, e colidiu na contramão com a motocicleta em que Larissa Rodrigues de Assis e a amiga estavam. As vítimas foram arremessadas ao solo, e o carro do suspeito ainda arrastou a motocicleta por aproximadamente 100 metros.
As equipes do Corpo de Bombeiros e do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) socorreram Larissa inconsciente, em estado grave, diretamente para bloco cirúrgico do hospital Risoleta Neves. A outra vítima, também inconsciente, tinha os membros superiores quebrados.
Os policiais constataram que o motorista apresentava hálito etílico muito forte, não conseguindo ficar de pé e com os olhos avermelhados. Ele relatou que estava na casa de um amigo fazendo uso de bebida alcoólica desde 17h, mas se recusou a fazer o teste do bafômetro.
Audiência de custódia
Em audiência de custódia realizada nesse domingo, o juiz Leonardo Machado Cardoso concedeu liberdade provisória ao motorista, mediante pagamento de fiança no valor de R$ 65,1 mil.
O magistrado também determinou medidas cautelares, como a suspensão da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) do suspeito por três meses; a proibição de deixar Belo Horizonte sem autorização judicial, por pelo menos 30 dias; o recolhimento domiciliar nos dias úteis durante a noite, e aos fins de semana e feriados, de forma integral, por seis meses.
Procurada pelo BHAZ, a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais) informou que o suspeito teve registro de entrada no Ceresp Gameleira no sábado (1°) e permanece preso. Se for solto, ele deve usar tornozeleira eletrônica.