Um agente penitenciário de 31 anos foi indiciado pela morte de um investigador da Polícia Civil, de 42, em Betim, na região metropolitana da capital. O crime aconteceu no dia 30 de junho. Segundo a investigação, o agente atirou no policial após confundi-lo com um assaltante.
No dia do crime, o agente se apresentou à delegacia e foi preso em flagrante. De acordo com o delegado responsável, Otávio de Carvalho, o homem alegou legítima defesa.
O agente penitenciário contou ter estacionado o carro em frente à casa da vítima. Ele estava acompanhado da namorada, que mora na região. Na versão dele, o policial suspeitou do carro em que estava parado em frente à casa onde morava. O investigador, então, se aproximou e foi abordado pelo agente, que apontou a arma e ordenou e que ele se deitasse no chão. O policial achou que se tratava de um assalto e tentou sacar a arma, mas foi atingido pelo suspeito.
Entretanto, a versão dada pelo agente foi desconstruída pela investigação, diante das provas orais e periciais. “A vítima é quem foi abordada pelo autor do crime que, de arma em punho, mandou que se deitasse. O investigador achou que se tratava de um roubo ou de um atentado contra a sua vida e sacou sua arma. Por isso, foi fatalmente atingido pelo autor”, explicou o delegado.
“Os laudos periciais e a reconstituição do crime produzidos na investigação demonstram ser falsa a versão do agente. Especialmente, quanto à abordagem da vítima a seu carro e quanto à posição da vítima no momento em que ela foi atingida”, finalizou o delegado. O autor do crime permanece preso e o inquérito já foi encaminhado à Justiça.