O vereador de BH Nikolas Ferreira (PRTB), que foi impedido de visitar o Cristo Redentor por não ter se vacinado contra a Covid-19, admitiu que já tomou a primeira dose do imunizante. Segundo o parlamentar, ele se vacinou contra a própria vontade, por conta de uma viagem internacional que deve realizar em janeiro.
A declaração foi feita em entrevista ao “Bora Podcast“, gravado nessa quarta-feira (3). O vereador bolsonarista relembrou a repercussão de ter sido barrado na atração do Rio de Janeiro e disse que considera a obrigatoriedade de vacinação uma medida “irracional”.
“Foi uma coisa tão óbvia, não sabia que ia dar essa repercussão toda. Eu gravei um story achando que todo mundo ia entender, falei ‘olha, não tenho comprovante, não vacinei porque não quero. Mas se eu fizer um teste agora e comprovar que não estou com o vírus, posso entrar?’. E ela disse não. Perguntei: ‘você acha isso razoável, racional?’. Ela não soube responder”, disse.
Segundo o parlamentar, a notícia se espalhou e muitas pessoas acharam que ele “foi lá fazer barraco”. Nikolas Ferreira defendeu que a situação de tratava de combate a um “decreto inconstitucional”, que impede o direito de ir e vir das pessoas.
Primeira dose
Questionado pelo apresentador do programa, o vereador afirmou que não é contrário às vacinas, e inclusive já tomou a primeira dose. “Tenho que fazer uma viagem em janeiro, então a primeira dose já tomei, mas estou me sentindo imposto”, disse.
Nikolas contou que vai “rodar a Europa trabalhando” no ano que vem, mas que teve que ceder à imunização contra a sua vontade. Ele ainda afirmou que os chamados “passaportes de vacinação” estão provocando “segregação” entre imunizados e não imunizados.
Relembre
No final de setembro, Nikolas Ferreira gravou uma série de vídeos contando que tentou visitar o Cristo Redentor, mas acabou sendo impedido por não ter se vacinado. Ele ainda disse não ser antivacina, mas que ainda não “se sentia seguro” para tomar o imunizante.
A capital do Rio de Janeiro tem o chamado “passaporte da vacinação” que obriga a apresentação do comprovante de imunização contra a Covid-19 para entrar em locais de uso coletivo na cidade. O cidadão tem três formas de comprovar a imunização: carteira de vacinação digital do ConecteSUS, caderneta física ou papel timbrado da Secretaria Municipal de Saúde.
Nikolas Ferreira ainda não se vacinou e, por conta disso, foi barrado ao tentar acessar o Cristo Redentor. “Tá de sacanagem. Tá falando sério? Isso não existe. A pessoa que não tem já era, não pode entrar!?”, perguntou o vereador de BH em um dos trechos da gravação compartilhada no Instagram.
Após ser barrado, Nikolas gravou outros stories. O vereador explicou que ainda não se vacinou contra a Covid por não se sentir “seguro”. “Não é campanha antivacina, só uma escolha pessoal de que não me sinto seguro. Vacina está em fase experimental”, disse.
O vereador, que também é apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), destacou que não é contra a imunização. “Sou contrário à obrigatoriedade e à segregação das pessoas. Hoje você não pode visitar um ponto turístico, um local público. Ano que vem vai ser o quê?”, questionou.