Bichos em ferida, tortura e dias sem água: ‘Asilo do Terror’ acumula 18 mortes e dois estupros em Santa Luzia

Divulgação/PCMG

A Polícia Civil de Minas Gerais conseguiu identificar 76 vítimas de diversos crimes, dentre eles tortura, estupro e agressões, no asilo localizado em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte. Os policiais concluíram nesta terça-feira (2) o inquérito que investigava os crimes cometidos na clínica. Ao todo, foram 18 mortos. E o número ainda pode aumentar.

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“Foram 60 dias de investigação, mais 50 pessoas ouvidas, diversos laudos, perícias e conclusões que chocam. Foram 76 vítimas catalogadas, 18 mortes e sabemos que existiram outras vítimas que não foram fichadas por conta dos poucos documentos disponíveis na clínica”, conta a delegada Bianca Prado, que está à frente das investigações.

O asilo era mantido por um casal e suas duas filhas, todos foram indiciados, além de outros dois funcionários do local. Dentre os crimes apontados estão desacato, agrave de morte, estupro de vulnerável e lesão corporal.

Além dos maus-tratos e agressões, a polícia conseguiu levantar dois casos de estupro de vulnerável envolvendo os proprietários do asilo.

Em um dos episódios, a vítima foi um idoso de 70 anos que era obrigado a praticar sexo oral na dona do local, enquanto ela introduzia o dedo no ânus do senhor. Em outro caso, uma jovem cadeirante de 23 anos com pernas e braços atrofiados e problemas de cognição.

Ainda de acordo com a investigação, as mortes teriam sido causadas ou aceleradas pelo tratamento dado no asilo. Os idosos sofriam espancamentos e eram torturados e chegava a ficar até três dias sem comida e água, sofrendo desidratação e desnutrição.

“Uma das vítimas de espancamento estava com feridas nas pernas e os funcionários batiam em cima dos machucados para piorar. Outro idoso precisou ser hospitalizado após aparecer bichos em suas feridas, por falta de cuidado”, conta a delegada. “É algo nunca visto em Santa Luzia, quiçá em Minas Gerais”, ressalta a policial.

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