BH tem força-tarefa com alertas e monitoramento contra tragédias no período chuvoso

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“Espero que possamos minimizar riscos, evitar mortes e garantir a proteção para as pessoas”, declarou o prefeito Fuad Noman (Amanda Dias/BHAZ)

A PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) preparou uma força-tarefa para prevenir riscos de desastres naturais na cidade durante o período chuvoso. O plano envolve diferentes frentes de atuação, como o monitoramento de córregos e alertas via SMS e WhatsApp, e também participação de órgãos diversos, da Cemig até a BHTrans.

As novidades foram anunciadas nesta quarta-feira (5) em coletiva de imprensa. De acordo com a Prefeitura de BH, a limpeza de córregos da cidade foi uma das principais ações para minimizar riscos durante fortes chuvas. Ao todo, de janeiro a junho deste ano, mais de 6,5 mil toneladas de lixo foram removidas pela SLU (Superintendência de Limpeza Urbana) de 166 trechos de córregos da capital mineira.

“Espero que possamos minimizar riscos, evitar mortes e garantir a proteção para as pessoas”, declarou o prefeito Fuad Noman (PSD) durante a divulgação das frentes de enfrentamento do período chuvoso. “Chuva a gente não controla, por isso trabalhamos como prevenção”, disse em outro momento.

Monitoramento e limpeza de córregos

Junto da limpeza dos córregos, e de obras de contenção, uma equipe cuida do monitoramento em tempo real dos acontecimentos da cidade. Conforme explicou Josué Valadão, secretário municipal de governo, os integrantes do grupo se reúnem toda segunda-feira, durante o período chuvoso, para traçar um panorama do que pode ocorrer ao longo da semana. Eles medem o nível dos córregos, a intensidade prevista de chuvas e se há possibilidade de transbordamentos em alguma região, entre outros fatores.

Prefeito Fuad se reuniu com força-tarefa do período chuvoso em coletiva nesta quarta-feira
(Asafe Alcântara/BHAZ)

A partir das análises, o grupo já se prepara para agir diante de casos mais graves. Segundo Valadão, na avenida Tereza Cristina, por exemplo, um aviso de alerta 3 foi disparado na madrugada de terça-feira (4), levando trechos da via a serem interditados – numa tentativa de evitar tragédias em caso de transbordamento do Ribeirão Arrudas. “Para evitar que o cidadão entre com o veículo dele e passe a correr risco de ser carregado, alguma coisa nesse sentido”, explica o secretário.

Já no meio da semana, o grupo troca informações para ficar alerta durante o plantão de fim de semana de monitoramento do período chuvoso. De acordo com Josué Valadão, também existem na cidade 46 núcleos de alertas de chuva, com mais de 400 voluntários treinados para agir diante de enchentes e outras tragédias.

Alertas via SMS e WhatsApp

Canais de alerta são outras ferramentas de prevenção contra riscos e tragédias no período chuvoso na capital mineira. Para incentivar a população, 18 milhões de embalagens de pão terão mensagens para que as pessoas se cadastrem e recebam as informações e recomendações de segurança diante de fortes chuvas.

“O sistema será alimentado pela Defesa Civil de Belo Horizonte com alertas de ocorrência de chuvas fortes, granizo, tempestades, vendavais, alagamentos, risco de deslizamentos de terra e outros fenômenos meteorológicos”, explica o prefeito.

A previsão é de que o serviço de alertas via WhatsApp comece a funcionar até o fim de outubro.

Famílias removidas e auxílio aluguel

No período chuvoso entre 2021 e 2022, famílias precisaram ser removidas de áreas de risco. Isabel Volponi, diretora de áreas de risco e manutenção da Uberl (Companhia Urbanizadora e de Habitação de BH), explica que, em casos de remoção, as famílias recebem um auxílio moradia.

“As famílias foram removidas ou em caráter temporário, que é aquele local onde vamos voltar com uma obra de mitigação de risco, e a família retorna para sua moradia de origem. Durante esse período ela fica no bolsa moradia, que é auxílio aluguel. Então ela aluga uma outra casa num local seguro até que a obra fique pronta”, diz Isabel. O valor da bolsa é de R$ 500.

“E aquelas moradias onde não é possível fazer obras, geralmente são áreas de preservação ambiental ou então o custo-benefício de uma obra não se viabiliza, elas ficam no bolsa aluguel aguardando reassentamento e, em algumas situações, indenização pela moradia. Elas recebem indenização, compra uma moradia em outro local e sai do risco”, explica.

Roberth Costa[email protected]

De estagiário a redator, produtor, repórter e, desde 2021, coordenador da equipe de redação do BHAZ. Participou do processo de criação do portal em 2012; são 11 anos de aprendizado contínuo. Formado em Publicidade e Propaganda e aventureiro do ‘DDJ’ (Data Driven Journalism). Junto da equipe acumula 10 premiações por reportagens com o ‘DNA’ do BHAZ.

Asafe Alcântara[email protected]

Coordenador de mídias digitais e repórter, no BHAZ, desde setembro de 2021. Atualmente concilia como repórter na Record TV Minas.
Jornalista graduado pelo UNI-BH, com experiência em redações de veículos de comunicação, como RedeTV! BH, TV Band Minas, TV Alterosa, TV Anhanguera (afiliada Globo GO), TV Justiça e CNN Brasil.

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