BH vai ganhar novos parques municipais em diferentes regiões; veja lista

Fuad Noman plantou uma árvore Pau Brasil no Parque Municipal ao lado de alunos da rede municipal de BH (Isabella Guasti/BHAZ)

A Prefeitura de Belo Horizonte anunciou nesta quarta-feira (5) um pacote de medidas para requalificar as áreas verdes da capital mineira. O prefeito Fuad Noman anunciou que 100 mil árvores devem ser plantadas na cidade até o fim do ano e que quatro parques serão criados na cidade nos próximos anos.

Em coletiva de imprensa, o chefe do executivo municipal disse que as ações visam preparar a cidade para emergências climáticas. O anúncio ocorre no Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho.

“Precisamos encontrar maneiras de conviver com a natureza de forma mais pura. A prefeitura de Belo Horizonte está alinhada com o meio ambiente para evitar grandes catástrofes que tem acontecido no Brasil e graças à Deus não aconteceram aqui”, comentou Fuad.

Entre as ações da agenda verde está a implantação do Parque Ciliar da Onça, que terá extensão de 627,5 hectares, passando por 11 bairros de BH. A área será criada no conceito de “cidade esponja”, que tenta imitar a maneira como a natureza absorve, armazena e libera água em espaços urbanos. O modelo é uma das soluções propostas para diminuir o risco de inundações.

Outros pontos do projeto incluem a criação de novos parques em diferentes regiões e de um corredor verde ao longo da avenida Antônio Carlos. O prefeito disse ainda que uma empresa especializada foi contratada pela prefeitura para fazer a manutenção das áreas.

Fuad Noman plantou uma árvore de Pau Brasil, no Parque Municipal, ao lado de alunos da rede municipal de BH. Veja o registro:

Parque Ciliar do Onça

Historicamente, as comunidades que vivem ao longo do Ribeirão do Onça são afetadas por alagamentos em épocas de fortes chuvas. A prefeitura anunciou a abertura de licitação para contratar empresa que irá executar as obras para criação do Parque Ciliar do Onça. O projeto possui extensão de aproximadamente 7 quilômetros, 627,5 hectares e corta11 bairros da região Norte e Nordeste da capital.

Criado dentro do conceito de “Cidade Esponja”, o Parque Ciliar do Onça contará com grandes espaços “alagáveis”, destinados justamente a conter os transbordamentos do córrego, promovendo a correta drenagem da água. A área é um exemplo de aplicação de Soluções Baseadas na Natureza (SBN).

Uma das metas do projeto é a despoluição do Ribeirão do Onça, com o uso de soluções mais naturais, como os “jardins filtrantes”, que usam plantas para ajudar a filtrar as impurezas das águas pluviais.

Para dar início às obras, a prefeitura removeu 900 famílias das margens do córrego, exatamente nas áreas que costumam ser alagadas nos períodos de chuvas. Outras 600 famílias ainda serão retiradas. Os plantios já começaram e as margens receberam mudas de ipês, palmeiras, paineiras, dentre outras espécies, além de grama, para ajudar na permeabilidade do terreno. O parque também terá paisagismo e outros equipamentos de lazer e esportes para a comunidade.

O projeto foi realizado por meio do Acordo de Cooperação entre a PBH e a Organização das Nações Unidas (ONU) Habitat, a partir do Programa Global de Espaços Públicos da entidade. O investimento na obra é de R$ 150 milhões (o que inclui também as obras de macrodrenagem no Ribeirão do Onça) e o prazo previsto para a implantação do parque é de 3 anos.

Parque Aterro BR-040

Um parque será implementado na região do antigo Aterro Sanitário da SLU na BR-040. A construção será financiada pelo grupo C40, uma rede que reúne grandes cidades do mundo comprometidas com a luta contra as mudanças climáticas.

Já desativado, sem receber rejeitos ou lixo, o local é permanentemente monitorado, principalmente por conta das emissões de gás metano dos antigos depósitos, resultado do lixo acumulado. O executivo informou que em uma parte do terreno o gás já não existe mais e a área está livre para receber as intervenções.

O parque terá área de 8 hectares e o valor total da obra esta orçado em R$ 9,45 milhões.

Parques Jardim América e Mata do Luxemburgo

Dois decretos municipais vão criar novas áreas verdes protegidas na cidade. Os textos declaram como sendo de utilidade pública a desapropriação de imóveis localizados nas matas do Jardim América e Luxemburgo. A expectativa da Prefeitura de Belo Horizonte é criar dois novos parques nesses locais.

Um terceiro decreto vai anexar ao Parque Tom Jobim, no Luxemburgo, uma área pública, ampliando em mais de 15 mil metros quadrados o parque situado na Região Centro-Sul da capital. A medida favorece a preservação de área remanescente da Mata do Mosteiro, que possui diversas espécies endêmicas de Mata Atlântica.

A ampliação vai também criar condições para a recuperação e desenvolvimento do ecossistema local, impedir ações de desmatamento e degradação ambiental, resguardando o efeito da cobertura vegetal contra o surgimento de focos erosivos e oferecer oportunidades de visitação, recreação, prática esportiva, educação ambiental e lazer.

Essa visitação pública estará sujeita às restrições estabelecidas no plano de manejo da unidade, que é de responsabilidade da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica e contará com a participação da comunidade local na sua elaboração.

Corredor Verde

A Prefeitura de BH vai implantar o maior corredor verde da cidade, ao longo da Avenida Antônio Carlos, com expectativa de plantio de 1 mil árvores.

Aberta durante o governo de Juscelino Kubitschek para dar acesso à região turística da Pampulha, a Antônio Carlos começa na região Central de Belo Horizonte, no tradicional bairro da Lagoinha, e se estende por cerca de 8 quilômetros na direção Norte até a Barragem da Pampulha. Os plantios começarão a ser feitos no início do próximo período chuvoso, entre o final de setembro e início de outubro.

Um corredor (ou conexão) verde é a inserção de elementos lineares na paisagem urbana, com o objetivo de unir áreas naturais importantes de uma cidade através de uma faixa ou corredor caracterizado por uma vegetação mais abundante.

Isabella Guasti[email protected]

Jornalista graduada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022 e também de reportagem premiada pelo Sebrae Minas em 2023.

SIGA O BHAZ NO INSTAGRAM!

O BHAZ está com uma conta nova no Instagram.

Vem seguir a gente e saber tudo o que rola em BH!