Casal viaja de bicicleta pela América Latina há mais de um ano promovendo ações ecológicas

Reprodução/Facebook

Viajar pela América Latina conhecendo atrações históricas e belas paisagens naturais é o sonho de muitos casais.  Porém o engenheiro ambiental Alan da Silva Mortean e a nutricionista Marcela da Silva Mortean decidiram ir além da experiência turística. Com a proposta de trocar experiências e compartilhar conhecimentos ecológicos, os ciclistas já passaram por sete países e percorreram 19 mil quilômetros pedalando.

O paulista, de Ourinhos, e a mineira, de Belo Horizonte, planejaram cuidadosamente a viagem que ganhou um escopo oficial com o nome “Projeto Ciclos” (a descrição completa do programa está disponível online). Em março de 2015, o casal iniciou a jornada em busca de aliar a experiência como cicloturistas e o desejo de contribuir para um mundo melhor. Dentro de um período de quatro anos e meio, Alan e Marcela pretendem trocar informações sobre saneamento, alimentação orgânica/saudável e ciclos naturais ao conhecer 17 países da América Latina.

Com vários trabalhos voluntários no currículo, o casal promove palestras e mini-cursos sobre sustentabilidade durante o percurso. Na Bolívia, chegaram a morar dois meses em uma comunidade ecológica, onde ajudaram a aprimorar o sistema de saneamento da região.

“A gente saiu com a ideia de doar, de compartilhar o pouco que a gente sabia e a gente acabou percebendo que a gente tem ganhado muito mais do que a gente imaginava. A gente imaginava dar e acabou recebendo”, contou Marcela ao Bhaz, diretamente do Equador.

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Para conseguir tirar o projeto do papel, os dois abriram mão até mesmo dos tradicionais presentes de casamento que, normalmente, ajudam a equipar uma nova casa. Alan e Marcela pediram aos familiares equipamentos que estão sendo utilizados na viagem, como acessórios de bicicleta e barraca. O projeto se mantém por meio de apoios, doações e renda proveniente de trabalhos temporários que o casal realiza nas cidades que visitam. A mineira e o paulista já realizaram tarefas em hotéis, por exemplo.

Ao ser questionado sobre o que tem aprendido até então no projeto, Alan é enfático: “A verdade é que na prática as pessoas são muito boas. A gente acaba ficando refém às vezes da televisão e da mídia. Às vezes a gente fica viciado em ver tragédia, só notícia ruim e, na verdade, quando a gente sai pra viver no mundo a nossa experiência prática é que as pessoas são boas. Há muito mais pessoas boas do que más no mundo”.

Os cicloturistas ficam pelo menos um mês em cada país para conhecer melhor o local e seu povo. No entanto, procuram não prolongar a estada por mais de três meses, que também costuma ser o tempo permitido pelo visto de permanência nos países.

É possível acompanhar o projeto pelo site “Os Antípodas“, nome dado em referência à expressão “antípoda”, usada antigamente na Europa para remeter a lugares distantes, opostos no globo terrestre e que, literalmente, significa “pés opostos”. O casal adotou o nome por acreditar que compartilha ideias e vivências para seguir “ao contrário” da sociedade atual.

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Para quem quiser apoiar o projeto, existem três alternativas: realizar doações financeiras (saiba mais), fornecer hospedagem ou contatos de pessoas que possam ajudar o casal nas cidades que fazem parte da rota, e enviar mensagens de incentivo aos cicloturistas no site do projeto.

 

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