Preço dos combustíveis já começou a subir nas bombas nesta sexta

O aumento dos preços de combustíveis já começa a doer no bolso dos motoristas e motociclistas de Belo Horizonte e região metropolitana. O novo valor, que passa a valer nas bombas dos postos a partir desta sexta-feira (21), é reflexo do aumento, por parte do governo federal, da alíquota dos impostos sobre combustíveis.

Para Feliciano Abreu, do site Mercado Mineiro, não se pode afirmar que todos os postos realizaram alteração nos valores. Fato é que durante essa madrugada e, principalmente no período da tarde de sexta, houve mudança de muitos preços.

No Vilarinho, por exemplo, um posto que comercializava o litro de gasolina por R$ 3,25, agora está com preço de R$ 3,45. A alteração feita pelo governo aconteceu no momento que os preços estavam começando a cair nas bombas de combustível.

“O aumento no preço prejudica toda a cadeia produtiva, mas, principalmente, o proprietário dos postos e os clientes. O único que se beneficia desse aumento é o governo”, diz Feliciano.

A alteração dos preços das bombas proporcionará que os consumidores utilizem cada vez menos seus veículos para irem ao trabalho, por exemplo. “Uma série de fatores contribuem para que esse fenômeno cresça em Belo horizonte, desde o aumento dos preços à amplitude dos serviços dos aplicativos de transportes individual”, afirma Feliciano.

Para ele, a partir de agora teremos os consumidores pesquisando o melhor preço para abastecer o veículo, pois a crise financeira pela qual passa o país contribuiu para que isso ocorra. “Em períodos de crise, o consumo é diminuído, ainda mais agora, com o alto número de desempregados no país. Aqueles que estão empregados têm receio de perder a vaga e os que estão sem serviço economizam ainda mais”, conclui.

Um ponto levantado por Feliciano gera debate: “se os empresários, donos dos postos, estão comercializando gasolina que foi comprada com o preço antigo, por qual motivo eles estão revendendo com o novo preço?”.

Em conversa com o Bhaz, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro) alegou que não se pode afirmar que o combustível comercializado com o novo preço é antigo, e que, para isso, seria necessário consultar cada estabelecimento. Porém, a prática, caso ocorra, não é, segundo ele, ilegal visto que a lógica do mercado livre possibilita que isso aconteça, pois os preços não são tabelados.

Em nota o Minaspetro alega que “além do aumento no PIS/Cofins, os consumidores em MG serão ainda mais onerados a partir de 2018. Isto porque, no último dia 30 de junho, o governador do estado sancionou a Lei 3397/16, aprovada em tempo recorde na ALMG, ainda no final de maio, para reajustar o ICMS incidente na gasolina e no etanol hidratado (ambos em 2%)”.

Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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