O corpo do fotógrafo mineiro Flávio Castro de Sousa, de 36 anos, foi encontrado no rio Sena, em Paris, no último sábado (4). Ele estava desaparecido na capital francesa desde o dia 26 de novembro do ano passado. A informação foi repassada pelo consulado do Brasil em Paris à mãe do fotógrafo, Marta Maria, após testes de DNA atestarem a identidade de Flávio, e confirmada nesta sexta-feira (10) ao BHAZ.
Em nota, a diplomacia brasileira diz que recebeu, com pesar, informação da polícia francesa sobre o falecimento brasileiro e informou que o Itamaraty, por meio do Consulado em Paris, está em contato com os familiares e permanece à disposição para prestar assistência consular.
“Em atendimento ao direito à privacidade e em observância ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, o Ministério das Relações Exteriores não fornece informações detalhadas sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros”, conclui.
Flávio, era dono de um estúdio de fotos em Belo Horizonte, e tinha ido à capital francesa fotografar um casamento. Ele estava com passagem para retornar ao Brasil no dia 26 de novembro. O fotógrafo chegou a fazer o check-in para o voo, mas não embarcou. Ele era procurado por amigos e familiares desde então.
As últimas informações da polícia francesa dão conta de que Flávio foi visto deixando o celular em um vaso de planta de um restaurante antes de desaparecer às margens do Rio Cena. “Ele ficou lá [no Rio Sena] por um período de tempo. Período em que tinha uma câmera de monitoramento urbano que captou a imagem dele e focava bem o local onde ele estava”, contou a advogada Carolina Castro, prima de Flávio.
Esse teria sido o último registro do fotógrafo. A advogada detalhou que essa câmera de monitoramento urbano fez uma rotação 360º e, quando retornou, Flávio não estava mais no mesmo local.
Quando houve o desaparecimento?
O último contato de Flávio com amigos ocorreu na tarde do dia 26 de novembro, uma terça-feira. A mensagem enviada a um colega francês dizia que ele iria descansar, já que havia sofrido um acidente no dia anterior e teria perdido o voo de volta ao Brasil. O check-in já estava concluído na companhia aérea, mas o fotógrafo decidiu estender a estadia. Na data, ele fez contato com a empresa responsável pelo aluguel para ampliar o contrato.
A última mensagem enviada por Flávio foi por volta das 14h25, no horário de Paris. Às 19h02, o colega escreve perguntando se o brasileiro ainda estava dormindo, mas não há resposta.
O que houve com o fotógrafo na noite anterior?
De acordo com amigos ligados à investigação, Flávio de Castro caiu dentro do rio Sena, curso d’água turístico que corta a capital francesa, um dia antes de desaparecer. As circunstâncias da queda não foram esclarecidas, mas os colegas confirmaram com o hospital Européen Georges-Pompidou que o brasileiro foi atendido na unidade após o resgate. O laudo médico não foi divulgado.
Enquanto estava no hospital e após deixar a unidade de saúde no fim da manhã de terça-feira (26), Flávio conversou via mensagem de texto com o amigo francês. O estrangeiro foi um dos últimos a ter contato com o brasileiro.
Câmeras registram Flávio abandonando celular
Câmeras de segurança revelaram que o celular de Flávio, achado no vaso de plantas de um restaurante, foi deixado por ele mesmo. As informações foram divulgadas nas redes sociais pela prima do fotógrafo.
“De onde o Flávio passou, foram analisadas as câmeras perto daquele restaurante onde foi encontrado o celular dele. E foi verificado que foi o próprio Flávio que deixou o celular no vaso de plantas”, contou a advogada Carolina Castro. De acordo com ela, após isso, o fotógrafo se “direcionou para uma das margens do rio Sena”.
“Ele ficou lá por um período de tempo. Período em que tinha uma câmera de monitoramento urbano que captou a imagem dele e focava bem o local onde ele estava. Então, não há dúvidas de que era ele que estava lá”, disse Castro.
Esse teria sido o último registro do fotógrafo. A advogada detalhou que essa câmera de monitoramento urbano fez uma rotação 360º e, quando retornou, Flávio não estava mais no mesmo local.