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Corpo de fotógrafo mineiro desaparecido na França é encontrado no rio Sena

10/01/2025 às 13h10 - Atualizado em 10/01/2025 às 13h49
(Reprodução/Instagram)

O corpo do fotógrafo mineiro Flávio Castro de Sousa, de 36 anos, foi encontrado no rio Sena, em Paris, no último sábado (4). Ele estava desaparecido na capital francesa desde o dia 26 de novembro do ano passado. A informação foi repassada pelo consulado do Brasil em Paris à mãe do fotógrafo, Marta Maria, após testes de DNA atestarem a identidade de Flávio, e confirmada nesta sexta-feira (10) ao BHAZ.

Em nota, a diplomacia brasileira diz que recebeu, com pesar, informação da polícia francesa sobre o falecimento brasileiro e informou que o Itamaraty, por meio do Consulado em Paris, está em contato com os familiares e permanece à disposição para prestar assistência consular.


“Em atendimento ao direito à privacidade e em observância ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, o Ministério das Relações Exteriores não fornece informações detalhadas sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros”, conclui.

Flávio, era dono de um estúdio de fotos em Belo Horizonte, e tinha ido à capital francesa fotografar um casamento. Ele estava com passagem para retornar ao Brasil no dia 26 de novembro. O fotógrafo chegou a fazer o check-in para o voo, mas não embarcou. Ele era procurado por amigos e familiares desde então.

As últimas informações da polícia francesa dão conta de que Flávio foi visto deixando o celular em um vaso de planta de um restaurante antes de desaparecer às margens do Rio Cena. “Ele ficou lá [no Rio Sena] por um período de tempo. Período em que tinha uma câmera de monitoramento urbano que captou a imagem dele e focava bem o local onde ele estava”, contou a advogada Carolina Castro, prima de Flávio.

Esse teria sido o último registro do fotógrafo. A advogada detalhou que essa câmera de monitoramento urbano fez uma rotação 360º e, quando retornou, Flávio não estava mais no mesmo local.

Quando houve o desaparecimento?

O último contato de Flávio com amigos ocorreu na tarde do dia 26 de novembro, uma terça-feira. A mensagem enviada a um colega francês dizia que ele iria descansar, já que havia sofrido um acidente no dia anterior e teria perdido o voo de volta ao Brasil. O check-in já estava concluído na companhia aérea, mas o fotógrafo decidiu estender a estadia. Na data, ele fez contato com a empresa responsável pelo aluguel para ampliar o contrato.

A última mensagem enviada por Flávio foi por volta das 14h25, no horário de Paris. Às 19h02, o colega escreve perguntando se o brasileiro ainda estava dormindo, mas não há resposta.

O que houve com o fotógrafo na noite anterior?

De acordo com amigos ligados à investigação, Flávio de Castro caiu dentro do rio Sena, curso d’água turístico que corta a capital francesa, um dia antes de desaparecer. As circunstâncias da queda não foram esclarecidas, mas os colegas confirmaram com o hospital Européen Georges-Pompidou que o brasileiro foi atendido na unidade após o resgate. O laudo médico não foi divulgado.

Enquanto estava no hospital e após deixar a unidade de saúde no fim da manhã de terça-feira (26), Flávio conversou via mensagem de texto com o amigo francês. O estrangeiro foi um dos últimos a ter contato com o brasileiro.

Câmeras registram Flávio abandonando celular

Câmeras de segurança revelaram que o celular de Flávio, achado no vaso de plantas de um restaurante, foi deixado por ele mesmo. As informações foram divulgadas nas redes sociais pela prima do fotógrafo.

“De onde o Flávio passou, foram analisadas as câmeras perto daquele restaurante onde foi encontrado o celular dele. E foi verificado que foi o próprio Flávio que deixou o celular no vaso de plantas”, contou a advogada Carolina Castro. De acordo com ela, após isso, o fotógrafo se “direcionou para uma das margens do rio Sena”.

“Ele ficou lá por um período de tempo. Período em que tinha uma câmera de monitoramento urbano que captou a imagem dele e focava bem o local onde ele estava. Então, não há dúvidas de que era ele que estava lá”, disse Castro.

Esse teria sido o último registro do fotógrafo. A advogada detalhou que essa câmera de monitoramento urbano fez uma rotação 360º e, quando retornou, Flávio não estava mais no mesmo local.

Amanda Serrano

Com experiência nas principais redações de Minas, como Jornal Estado de Minas e TV Band Minas, além de atuação como assessora política, Amanda Serrano é, atualmente, repórter do Portal BHAZ. Em 2024, fez parte da equipe vencedora do Prêmio CDL/BH de Jornalismo.
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Amanda Serrano

Email: [email protected]

Com experiência nas principais redações de Minas, como Jornal Estado de Minas e TV Band Minas, além de atuação como assessora política, Amanda Serrano é, atualmente, repórter do Portal BHAZ. Em 2024, fez parte da equipe vencedora do Prêmio CDL/BH de Jornalismo.

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