Covid-19: Ocupação de enfermarias em BH ultrapassa 90%, mas vírus perde força na capital

Ocupação enfermarias BH
Número médio de transmissão por infectado caiu na capital mineira (SMSA/Divulgação)

A taxa de ocupação de enfermarias para Covid-19 em Belo Horizonte chegou a 90,3% nessa segunda-feira (31), enquanto o percentual para as UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) atingiu 85,4%. Os números divulgados em boletim epidemiológico da PBH, no entanto, mostram que o novo coronavírus vem perdendo força na capital mineira.

O RT (número médio de transmissão por infectado) em Belo Horizonte é agora de 1,1. Isto é, a cada 100 pessoas com a doença, outras 110 são infectadas. Os registros anteriores mostram uma queda no indicador, já que nessa sexta-feira (28) o RT era de 1,12 e, um mês atrás, em 31 de dezembro de 2021, o boletim marcava 1,17 para o mesmo parâmetro.

No atual cenário epidemiológico, 5.510.364 doses da vacina já foram destinadas a BH, das quais 5.296.201 foram repassadas aos postos de imunização na capital. Já as doses únicas aplicadas somam 61.316. Quase 5 mil casos da doença estavam em acompanhamento nessa segunda-feira (31).

Desde o início da pandemia, 315.189 cidadãos testaram positivo para a Covid-19 em Belo Horizonte. Os recuperados já são 303.110, enquanto 7.170 pessoas já perderam a vida para a enfermidade. O boletim informa também que mais de 100% da população acima de 12 anos em Belo Horizonte já está vacinada ao menos com a primeira dose – ou dose única – do imunizante contra o novo coronavírus.

Minas já chegou no ‘pico’ da ômicron

Segundo o secretário de Estado de Saúde Fábio Baccheretti, o pico da variante ômicron já chegou em Minas Gerais. Em coletiva na última quinta-feira (27), o médico afirmou que a expectativa era de que o maior número de casos de Covid-19 fosse registrado hoje (1º) no estado.

“O pico chegou, é questão de dias. Agora é a gente garantir essas duas e três semanas especialmente de maior pressão no sistema de saúde para sentirmos essa melhora nos hospitais”, pontuou. O secretário ainda disse que o Governo de Minas repassará mais de R$ 45 milhões para os municípios para que eles consigam melhorar o atendimento das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), dos hospitais, e garantir leitos.

O secretário disse ainda que o número de leitos disponíveis no estado é suficiente para atender a demanda de fevereiro. Ele descartou a possibilidade de colapso na saúde e prometeu melhoras no pronto-atendimento, onde o número de atendimentos com sintomas leves aumentou nas últimas semanas.

Em BH, Baccheretti afirmou que o ‘pico da ômicron’ chegaria ainda mais depressa. “BH provavelmente deve ser antes porque foi onde começou a ômicron e certamente o estado vai cair a internação em duas, três semanas, e vamos conseguir sair dessa, de mais uma página da pandemia”, avaliou o secretário.

Edição: Vitor Fernandes
Nicole Vasques[email protected]

Jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), escreve para o BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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