Covid-19: PBH já interditou 17 comércios após novo decreto de Kalil

Comércio interditado em BH
Comércios que descumprem o decreto estão sendo interditados (Subsecretaria de Fiscalização/Divulgação)

Há uma semana Belo Horizonte tem apenas o comércio essencial funcionando na cidade, ou pelo menos deveria. A decisão de voltar à “estaca zero” foi tomada pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) com o objetivo de tentar conter o avanço da pandemia do novo coronavírus na capital mineira. Apesar da determinação municipal, alguns comerciantes insistem em desrespeitar o decreto. O descumprimento já resultou em 17 interdições de estabelecimentos.

A PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) informou ao BHAZ que o número corresponde às fiscalizações realizadas desde o último sábado (6), quando o decreto passou a vigorar, até ontem (11). Fiscais de Controle Urbanístico e Ambiental fazem as fiscalizações com o apoio dos agentes da Guarda Municipal. Além das interdições, seis multas foram aplicadas no valor de R$ 18.359,66.

Para garantir o efetivo cumprimento das determinações da decisão do Executivo municipal, “a PBH salienta que intensificou a fiscalização e as ações estão sendo realizadas em todas as nove regiões da cidade”. Perante o decreto, apenas as seguintes atividades estão autorizadas a funcionar na cidade:

  • Padaria – todos os dias, de 5h a 22h
  • Comércio varejista de laticínios e frios – 7h a 21h
  • Açougue e Peixaria – 7h a 21h
  • Hortifrutigranjeiros – 7h a 21h
  • Minimercados, mercearias e armazéns – 7h a 21h
  • Supermercados e hipermercados – 7h a 22h
  • Artigos farmacêuticos – sem restrição de horário
  • Artigos farmacêuticos, com manipulação de fórmula – sem restrição de horário
  • Comércio varejista de artigos de óptica – sem restrição de horário
  • Artigos médicos e ortopédicos – sem restrição de horário
  • Tintas, solventes e materiais para pintura – 7h a 21h
  • Material elétrico e hidráulico, vidros e ferragem – 7h a 21h
  • Madeireira – 7h a 21h
  • Material de construção em geral – 7h a 21h
  • Combustíveis para veículos automotores – sem restrição de horário
  • Peças e acessórios para veículos automotores – 8h a 17h
  • Comércio varejista de gás liquefeito de petróleo – GLP – sem restrição de horário
  • Comércio atacadista da cadeia de atividades do comércio varejista listado nesta relação – 5h a 17h
  • Agências bancárias: instituições de crédito, seguro, capitalização, comércio e administração de valores imobiliários – sem restrição de horário
  • Casas lotéricas – sem restrição de horário
  • Agência de correio e telégrafo – sem restrição de horário
  • Comércio de medicamentos para animais – sem restrição de horário
  • Atividades de serviços e serviços de uso coletivo, exceto os especificados no art. 2º do Decreto nº 17.328, de 8 de abril de 2020 – sem restrição de horário
  • Atividades industriais – sem restrição de horário
  • Restaurantes e outros serviços de alimentação, desde que em sistema de delivery ou retirada na porta – sem restrição de horário
  • Banca de jornais e revistas – sem restrição de horário
  • Restaurantes, lanchonetes, bares e estabelecimentos congêneres no interior de hotéis, pousadas e similares, para atendimento exclusivo aos hóspedes – sem restrição de horário
  • Atividades acima, em funcionamento no interior de shopping centers, galerias de loja e centros de comércio – deverão ser observados os horários de cada atividade

Ajuda

A prefeitura conta com a ajuda da população com relação às denúncias de irregularidades. O cidadão tem à disposição o APP BH, o portal de serviços e o telefone 156. A conscientização de amigos e familiares é fundamental para evitar a propagação da doença.

Covid-19

Assim como muitas cidades do Brasil, Belo Horizonte enfrenta o pior momento da pandemia do novo coronavírus. Prova disso que novas medidas restritivas devem ser adotadas. O prefeito Kalil convocou uma entrevista coletiva para a tarde desta sexta-feira (12) após, pela primeira vez, todos os indicadores de monitoramento da pandemia ficarem no vermelho.

Os dados do Boletim Epidemiológico e Assistencial indicam que o número médio de transmissão por infectado (RT) está em 1,22, a ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em 89,4% e os de enfermaria em 75,6%. A cidade tem 120.837 casos confirmados da doença e 2.869 mortes. Os indicadores de imunização estão da seguinte forma:

  • 1ª dose – 154.706
  • 2ª dose – 74.745
Indicadores em nível vermelho
Ocupação de UTIs já praticamente chega a 90% em BH (Reprodução/PBH)
Edição: Vitor Fernandes
Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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