Solidariedade em alta! Campanha doa cestas básicas a comunidades carentes da Grande BH

O projeto ‘Espalhe Cestas’ já contemplou mais de 20 mil pessoas da Grande BH (Espalhe Cestas/Divulgação)

A pandemia do novo coronavírus está atingindo milhares de pessoas em Belo Horizonte e na região metropolitana. As comunidades carentes são as que mais sofrem com a crise. E, pensando nisso, a empresária Rachel Horta reuniu um grupo de colaboradores para tentar amenizar a dor dessas famílias. O projeto “Espalhe Cestas” (doe aqui) já arrecadou mais de R$ 450 mil, ajudando 20 mil pessoas em mais de 50 comunidades da Grande BH.

Ao BHAZ, a empresária conta que a ideia surgiu logo que a pandemia estourou no Brasil. “Estava aquela loucura, todo mundo compartilhando milhares de informações negativas a respeito do novo coronavírus. Eu sabia que era preciso tomar uma atitude e fazer alguma coisa, aí pensei: ‘vou distribuir cestas básicas’. Só que eu queria fazer algo que pudesse realmente ajudar o maior número de pessoas possível. Liguei para algumas amigas próximas e todas toparam”, conta.

Foram quatro dias desde a ideia até o lançamento da campanha. “Organizei as informações e começamos a olhar os fornecedores, priorizando os locais. Achamos um lugar super legal para comprar as cestas básicas, que fez um preço bom e ainda colocou itens de higiene. Logo depois já começamos a estruturar a campanha de crowdfunding [financiamento coletivo] com a Evoé, um site que está sendo muito parceiro”, continua a empresária.

O objetivo inicial era arrecadar R$ 100 mil em 15 dias, mas a campanha bateu a meta em apenas cinco dias. “Hoje já arrecadamos mais de R$ 450 mil. Criamos grupos e subgrupos para organizar tudo. E, claro, fazemos tudo à distância, sem aglomerações, cada um na sua casa. Somos 25 voluntários divididos em logística, compras, financeiro, plataforma e comunicação. Nos reunimos todos os dias, por vídeo-chamada, às 9h”.

Lideranças comunitárias ajudam

Uma preocupação da empresária é sobre a distribuição das cestas e, para isso, ela criou um método. “Fiquei responsável por identificar todas as lideranças comunitárias, é através deles que fazemos essa filtragem, vemos a necessidade e distribuímos. Eles [líderes] sabem quem já recebeu e quem não. É por isso que é tao importante eles estarem à frente, para que também não haja sobreposição de doações e todos que precisam recebam”.

O projeto quer capacitar outras pessoas por Minas Gerais e pelo Brasil. “A gente pretende seguir nessa etapa até o dia 30. Aí vamos fazer uma avaliação, para saber como vamos dar continuidade. O cenário muda a todo momento, precisamos entendê-lo para ajudar da melhor forma. Queremos ensinar outras pessoas a fazer o que fazemos, para que o projeto ajude ainda mais”, explica.

Para finalizar, Rachel relata qual é o sentimento que fica. “Isso é incrível. É algo apartidário, sem religião, sem nenhum grupo específico. Certamente vai transformar todos que estão na jornada. Precisamos de união, mobilização da sociedade civil. É a forma de utilizar o privilegio que a gente tem para compartilhar e ajudar”, completa.

Como doar

A empresária explica que, para garantir a transparência e a organização da campanha, as doações são realizadas utilizando a Evoé – plataforma mineira de financiamento coletivo. A parceria feita com o “Espalhe Cestas” conseguiu colocar a campanha de doação no ar em apenas dois dias, além de ter diminuído os custos do seu serviço e se disponibilizou a antecipar repasses do valor arrecadado antes do final da campanha.

No site https://evoe.cc/espalhe-cestas é possível doar e também ter acesso a dados explicativos sobre a ação e os valores arrecadados, em tempo real.

O que tem nas cestas

Além de itens de alimentação comuns, a cesta oferecida pelo “Espalhe Cestas” também conta com os itens de higiene necessários para se proteger do coronavírus.

Itens das cestas: 2 águas sanitárias 1l, 5 sabões em barra, 2 detergentes líquidos 500ml, 4 sabonetes 400g, 1 pacote arroz tipo 1 5kg, 2 pacotes feijão tipo 1 1kg, 1 óleo de soja Pet 900ml, 1 pacote sal 1kg, 1 tempero alho sal 500g, 2 pacotes macarrão espaguetes 500g, 2 extratos de tomate pacote 340g, 1 pacote açúcar cristal 5kg, 4 pacotes café 250g, 1 pacote fubá 500g, 1 pacote farinha de mandioca 500g e 2 pc leite em pó 200g.

Livros

A editora Miguilim, o projeto Ler é Viver, do Instituto Gil Nogueira, a editora Quixote e o jornalista e escritor Afonso Borges, idealizador do projeto Sempre um Papo, abraçaram a iniciativa e estão doando livros que vão alimentar de cultura parte das famílias que estão recebendo as cestas básicas.

Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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