O bar Cabral, famoso ponto de encontro dos alunos da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), ficará fechado nesta quinta-feira (16) e na próxima (23) por determinação da Prefeitura de Belo Horizonte.
Segundo a administração municipal, a medida foi tomada em uma reunião que contou com representantes dos bares, a fiscalização da PBH, Polícia Militar, Guarda Municipal e BHTrans. Ela visa evitar que a aglomeração de alunos no local atrapalhe o trânsito ou até provoque acidentes na avenida Antônio Carlos, uma das principais vias da cidade.
Em conversa com o BHAZ, Silvânia Ferreira Cabral, proprietária desse que é um dos pontos queridinhos dos estudantes, disse enxergar a decisão como um “mal necessário”. Apesar de lamentar o prejuízo de ver o bar fechado nos dias de maior movimento, ela entende que os limites devem ser respeitados.
“Prejudicar sempre vai, porque um dia sem funcionamento acaba impactando o financeiro. Mas essa é uma tentativa de que os meninos respeitem mais as regras. Talvez seja um mal necessário, a gente vai seguindo as regras para manter aberto durante todo o período do ano”, disse ela.
As quintas-feiras no bar do Cabral viraram uma tradição dos estudantes, como um dia escolhido para se reunirem por lá. Nos outros dias da semana, a empresária explica que o movimento cai bastante.
“O dia mais cheio é quinta, então tá dando muito prejuízo pra gente. Os primeiros dias de aula não tiveram movimento, quinta teve um ‘boom’ e na sexta quase que nenhum. Hoje estou com o bar aberto e só tem duas pessoas aqui”, lamentou ela.
Empresária faz apelo
Além do Cabral, outros quatro bares localizados na porta da UFMG também ficarão fechados nas duas próximas quintas-feiras. Silvânia conta que no último dia 9 de março, a primeira quinta-feira do semestre letivo da UFMG, ao menos 3 mil estudantes passaram pelo estabelecimento.
“Essa é uma tentativa de que não aconteça o que aconteceu na última quinta-feira, de os alunos invadirem a pista, de ter superlotação. Como foi o primeiro Cabral do semestre os meninos ficam mais agitados. Mas não teve nenhuma briga, nenhuma confusão, a medida é mais para ‘acalmar os ânimos”, explica ela.
Em abril do ano passado, Silvânia fez um apelo para que os alunos não realizassem eventos no local. Na época, ela disse ter sido alertada pela fiscalização da PBH sobre uma possível interdição do comércio.
“Os meninos estavam empolgados com o retorno, devia ter cerca de duas mil pessoas nos arredores do bar. Tive que fechar as portas às 19h, depois que fiscalização chegou e deu a ordem”, explicou ela ao BHAZ na ocasião.
