Enterro de sargento da PM morto a tiros é marcado por comoção em BH: ‘Perdemos um grande homem’

o sargento Roger Dias da Cunha foi sepultado na terça-feira (João Lages/BHAZ)

O velório e enterro do sargento Roger Dias da Cunha, morto em BH após ser atingido por tiros durante uma perseguição policial, foi marcado por homenagens e bastante comoção. Ele foi enterrado na tarde de hoje (9) no Cemitério Bosque da Esperança, região de Venda Nova, em cerimônia que contou com centenas de pessoas presentes, entre amigos, inclusive da corporação, e de familiares.

Ao BHAZ, a major Layla Brunella disse que o sargento atuava na corporação desde 2014, quando ingressou como soldado no 13° batalhão. Em 2021 formou-se como sargento na academia de polícia e pediu para retornar ao 13°, onde se sentia acolhido.

“Um profissional de conduta ilibada, extremamente respeitado, muito querido, muito amigo, tanto que o sentimento total é de comoção, de muitos policiais militares inconformados com essa perda”, comenta.

Para a major, o caso do sargento Roger é emblemático e pode inspirar a criação de políticas públicas. “Há hoje uma discussão muito forte no Congresso Nacional e a gente espera que a morte do sargento Dias influencie positivamente no andamento dessa legislação”, diz ela ao falar sobre as saidinhas de fim de ano.

“Precisamos reforçar que todo benefício ao infrator gera um impacto negativo para a população, para as forças de segurança. E infelizmente foi isso que aconteceu. Um trabalhador no seu horário de serviço, defendendo a sociedade, preocupado em não atingir pessoas de bem. Mas infelizmente do outro lado nunca vai haver a preocupação com a lei”.

‘Perdemos um grande homem’

A enfermeira Divania Viana, amiga de Roger, relata que o sargento sempre teve sonho de ser Policial Militar. “O Roger para minhas filhas era o Roginho, um menino bom, um rapaz educado, que nunca precisou ser corrigido com agressão, menino atencioso com a família e amigos cresceu com sonho de ser Policial Militar”, diz.

“É uma tragédia muito grande, porque nós perdemos um grande homem. Eu gostaria que esse caso não fosse esquecido, que o poder público voltasse a falar sobre o assunto das saidinhas, como mudar isso. Quantas outras vezes precisará acontecer isso para tomar uma decisão e mudar essas leis? Então, isso não pode cair no esquecimento”, finaliza.

Edição: Roberth Costa
João Lages[email protected]

Repórter no BHAZ desde setembro de 2023. Jornalista com 4 anos de experiência em veículos de comunicação. Fez cobertura de casos que têm relevância nacional e internacional. Com passagem pela RecordTV Minas, também foi produtor e editor de textos na Record News.

Isabella Guasti[email protected]

Jornalista graduada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022 e também de reportagem premiada pelo Sebrae Minas em 2023.

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