A PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) anunciou mais uma leva de liberações nesta sexta-feira (11): aulas coletivas em academia, como crossfit; comércio aberto aos sábados e mais parques reabertos (leia mais aqui). Mas empresários e belo-horizontinos de maneira geral questionam sobre setores fechados desde o início da quarentena que ainda não foram contemplados na flexibilização.
Clubes, a tradicional Feira Hippie, restaurantes self-service e até ruas fechadas para o melhor aproveitamento de bares e restaurantes, que já tiveram o funcionamento liberado. Qual a situação desses setores e práticas? Quando serão liberados novamente?
Confira abaixo as perspectivas da PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) para cada um deles:
Clubes de recreação
A liberação de bares, restaurantes, parques e academias aumentou ainda mais a expectativa dos clubes de recreação. Para quem espera poder retomar o lazer em breve, o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado, alerta que o momento é de cuidado. “Nós estamos desenvolvendo um protocolo especificamente para eles, com atenção aos cuidados necessários”, pontuou. Ele reforçou que não é possível fazer previsões: as possibilidades já estão sendo avaliadas, mas ainda não há uma data para a liberação.
Feira Hippie
Figura tradicional dos domingos e uma das principais saudades dos belo-horizontinos, a Feira Hippie é mais uma que está incluída nas análises do comitê de Saúde, mas também não tem previsão de retorno. O secretário municipal de Desenvolvimento e Gestão, André Reis, explicou que a prefeitura já desenvolveu um protocolo de reabertura, mas o documento ainda não foi aprovado pelos feirantes: “Ontem tivemos uma conversa com a organização. A área de desenvolvimento montou um plano e essa discussão agora está com a comissão da feira, para construir um consenso, ver se esse formato será viável para eles, e nos dar um retorno”.
Restaurantes self-service
Depois de quase seis meses sem permissão para funcionar, os restaurantes da capital já podem reabrir, mas uma modalidade popular continua prejudicada: a de self-service. De acordo com os protocolos atuais, esses estabelecimentos devem colocar uma barreira física entre a comida e o público e realocar funcionários para servir os clientes.
As normas atuais não agradam o setor, mas vão continuar. “Do ponto de vista sanitário, nós continuamos com a mesma posição. O cliente mesmo se servir, sanitariamente, não é adequado. O restaurante terá que disponibilizar um funcionário para servir”, pontuou o médico infectologista Carlos Starling, membro do comitê municipal de combate à Covid-19.
Ruas fechadas para bares
Uma das soluções encontradas pela prefeitura para viabilizar o funcionamento dos tradicionais bares da capital foi o fechamento de algumas ruas para os clientes – especialmente nos pontos mais conhecidos da vida noturna da capital. Esse é um recurso que já poderia ser solicitado pelos bares desde a autorização para reabertura, mas que ainda não foi utilizado.
“A gente ainda não recebeu nenhuma solicitação formal”, conta o secretário de Desenvolvimento, André Reis. Ele explica ainda que o assunto já é discutido informalmente entre alguns representantes do setor, mas, até hoje, nada foi oficializado: “Nenhuma região específica de bar chegou a nos procurar oficialmente, acho que porque foi só a primeira semana… Acho que está todo mundo caminhando passo a passo pra entender se consegue funcionar perfeitamente diante das novas demandas”.