A PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) vai transferir quatro gorilas machos do Zoológico de BH, na próxima segunda-feira (13). A movimentação dos animais faz parte do plano de manejo e conservação da espécie, que está bastante ameaçada de extinção.
Segundo a prefeitura, Leon, Sawidi, Jahari e Ayo serão transferidos para o Animalia Park, em Cotia (SP). A medida faz parte das diretrizes estabelecidas pelo GEPP (Programa Ex-Situ de Gorilas) da EAZA (Sociedade Europeia de Zoológicos e Aquários), do qual o Zoológico de BH faz parte.
A transferência também representa os esforços empreendidos há quase 20 anos pela equipe técnica do zoológico por meio do Projeto Gorilas: conhecer, amar, respeitar. A iniciativa busca a qualidade de vida dos animais mantidos no zoo para formar um grupo reprodutivo da espécie.
Transferência sem presença do público
Para garantir a segurança dos animais, a transferência ocorrerá em um dia em que o zoo não estará aberto à visitação. Médicos-veterinários, biólogos e tratadores de animais participarão da delicada operação.
Atualmente, o Zoológico de BH possui sete indivíduos da subespécie: as fêmeas Imbi e Lou Lou e o macho Leon, que geraram os filhotes Sawidi, Jahari, Ayo e Anaya.
Com a transferência dos quatro machos, o grupo passará a ser composto apenas por fêmeas, que terão um maior espaço para retomar suas rotinas. Nos próximos meses, um macho da espécie que está sendo preparado deve vir para o Zoológico de BH.
Veja fotos dos gorilas que serão transferidos:
De acordo com a diretora de Zoobotânica e gerente interina do Jardim Botânico, Sandra Cunha, essa é uma espécia que sofre muitas ameaças na natureza por causa da caça predatória e conflitos civis na África, na região de seu habitat natural.
“O Jardim Zoológico de Belo Horizonte é o único da América do Sul, que tem sob os cuidados essa subespécie criticamente ameaçada de extinção. Isso ocorre graças ao reconhecimento nacional e internacional que nossa instituição possui”.
A prefeitura ressalta que todos os procedimentos atualmente praticados no zoológico passaram por avaliação e são considerados adequados aos padrões da Eaza. Dessa forma, os “frutos colhidos” com esse primeiro grupo reprodutivo é resultado do intercâmbio contínuo entre as equipes envolvidas.
Com PBH