[Greve dos caminhoneiros] PM garante que não faltará gasolina e insumos vitais para a população

A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), em conjunto a Defesa Civil de Belo Horizonte, realizou nesta sexta-feira (25) coletiva de imprensa para falar sobre as ações para garantir a ordem pública em relação à greve dos caminhoneiros. Major Flávio Santiago, responsável pela assessoria de comunicação da PM, e o representante da Defesa Civil, coronel Faria, foram porta-vozes durante o encontro. Eles garantiram que não faltará gasolina e insumos vitais para a população.

Segundo o major Santiago, a Central de Escoltas em andamento está fazendo o translado de insumos que são essenciais para a sociedade. “A lei 7783 que dá o direito a greve institui a necessidade de intervenção para garantir que estes insumos cheguem até o destinatário. A Polícia Militar não é contraria a estes tipos de movimentos, desde que sejam ordenados e pacíficos”, afirma.

Escolta dos Insumos

A PM, em contato com o Gabinete de Crise – que foi montado no Centro Integrado de Comando e Controle -, recebe as demandas para o translado de insumos essenciais. “Uma cidade não pode parar por falta de água, por falta comunicação ou energia elétrica em face de uma gama de estruturas essenciais à vida, que é garantida na própria lei”.

De acordo com o major, se a carga com insumos essenciais estiver parada, mas o caminhoneiro desejar sair, a PM irá garantir que esse caminhão possa prosseguir viagem. “Se o caminhoneiro não quiser sair, então a empresa tem que se mobilizar para que outra pessoa faça o translado”.

Ainda de acordo com o porta-voz da polícia, as operações estão sendo organizadas para que haja o translado de insumos importantes como medicamentos, oxigênio para hospitais, alimento para creches e o translado de pessoas que precisam de acompanhamento médico de urgência. “Não só isso, mas como telecomunicações, energia elétrica e abastecimento de água potável. A Polícia Militar está garantindo que os direitos se comuniquem. Ela não é contra o movimento. Entretanto vai garantir (a entrega dos insumos), mesmo que tenha que usar a força sob aspectos de distúrbios civis”.

Santiago garante também que não há problemas na distribuição de combustível para atender à sociedade. “Estamos fazendo todo esse formato, para garantir que o serviço operacional, o atendimento à sociedade não sofra nenhum impacto”.  Ao concluir, ele afirmou que realizar as escoltas não causará impacto no patrulhamento para a prevenção criminal.

Garantia da Ordem Pública

Mais cedo, a PM esteve em operação na Estação Pampulha, onde houve a necessidade do uso de instrumentos dispersivos para a ordem pública. “Neste momento, a personalidade individual, dá lugar a personalidade de grupo. Muitas vezes as pessoas acabam sendo motivadas às vezes a depredações, às vezes a algum tipo de vandalismo ou até atentado contra a vida de outras pessoas. É neste momento que a polícia entra para fazer com que haja a restauração da ordem pública.” O major ainda reitera que todo o efetivo da PM está em parte de sobreaviso e em parte de prontidão para fazer com que não só as escoltas, mas a segurança pública, não tenham nenhum prejuízo.

Major afirma que é importante que a partir de agora, estejamos unidos, para que não haja prejuízo à vida das pessoas. (Eliza Dinah/Bhaz)

Defesa Civil

O Coordenador Adjunto de Defesa Civil do Estado, o tenente coronel da PM, Rodrigo de Faria Mendes, afirma que a Defesa Civil é respeitosa àquilo que acontece neste momento, mas alerta a todos sobre as consequências da situação.

“Gostaríamos de sensibilizar nossos amigos caminhoneiros e principalmente a população, que temos alguns fatores que gostaríamos de ser observados (…) precisamos que as nossas estradas possam ser liberadas para as passagens de veículos com cargas vivas, com rações para animais e insumos hospitalares”, afirma.

O coordenador ainda apelou para o estado dos animais que fazem parte da carga de muitos caminhoneiros em greve. “As aves não têm alimentação há 72 horas; suínos e bovinos estão com alimentação restrita. Isso vai provocar uma morte impactante, gerando um problema sanitário que vai atingir a toda a população por meio de doenças”.

Para o auxílio das operações, a Defesa Civil irá distribuir adesivos para os caminhoneiros com cargas vitais e de insumos hospitalares, com contatos para o disque-denúncia. “A distribuição será feita através das nossas instituições militares,  Corpo de Bombeiros, PM e iremos fazer chegar até estes caminhões, para que sejam identificados e possam facilitar a passagem”, conclui.

O Coordenador Adjunto de Defesa Civil do Estado, Rodrigo de Faria Mendes, explica a importância dos adesivos para a operação. (Eliza Dinah/Bhaz)
Marcella Oliveira

Publicitária e redatora do portal BHaz.

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