Após uma semana de greve geral, os trabalhadores do metrô de Belo Horizonte seguem de braços cruzados por tempo indeterminado. Em assembleia realizada nessa quarta-feira (22), o Sindimetro-MG (Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais) decidiu prosseguir com o movimento paredista.
De acordo com a categoria, os funcionários lutam pela garantia dos seus empregos e por mais clareza no processo de transferência da CBTU para a iniciativa privada. “O Sindimetro-MG vem envidando todos os esforços para que os trabalhadores sejam transferidos para outras unidades do serviço público federal”, diz o sindicato, em nota.
“A greve é no sentido de mostrar que a categoria está disposta a ir até o fim para não ver mães e pais de família passando por dificuldades extremas como já existe milhões de brasileiros. A luta é justa e vai acontecer porque a categoria precisa urgentemente de ver firmado compromissos oficializados para garantir o seu trabalho”, acrescenta.
Multa de até R$ 750 mil
Na última sexta-feira (17), o vice-presidente do TRT-3, desembargador Dr. César Pereira da Silva Machado Júnior, determinou o bloqueio do valor de R$ 250 mil das contas bancárias do Sindimetro, já que a categoria não cumpriu a liminar que exigia o funcionamento de 70% dos trens durante a greve.
A Decisão Judicial ainda determinou uma multa diária de R$ 150 mil entre os dias 17 a 22 de fevereiro (período de Carnaval) e R$100 mil nos demais dias, em caso de descumprimento da liminar.
Em nota, a CBTU-MG disse ter acionado a justiça por diversas vezes “na tentativa de manter o transporte sobre trilhos, por entender a essencialidade da operação dos trens para a mobilidade urbana na região metropolitana de Belo Horizonte”.