Atenção! Greve do metrô de BH será retomada nesta terça-feira

Metrô em greve
O Metrô de BH terá pulseiras para identificar as crianças no Carnaval, caso elas se percam dos pais; veja como a ação acontecerá (Amanda Dias/BHAZ)

Quem usa o metrô de Belo Horizonte deve ficar atento nesta terça-feira (28) e escolher um modo de transporte alternativo, já que os trabalhadores metroviários vão retomar a greve total. A nova paralisação acontece apenas oito dias após a normalização do serviço, que passou mais de 30 dias interrompido.

A retomada da greve foi definida em assembleia realizada na noite de ontem (24) pelo Sindimetro-MG (Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais). Os trabalhadores do metrô de BH seguem reivindicando garantias após os avanços no processo de privatização do serviço.

Segundo informou o Sindimetro, os metroviários decidiram voltar à greve total a partir da meia-noite na terça-feira por entenderem que são funcionários públicos concursados e não podem ser transferidos para uma empresa privada.

Privatização

A nova greve no metrô de BH veio após a empresa Comporte Participações e o Governo de Minas assinarem, nessa quinta-feira (23), o contrato de concessão do metrô de BH. A concessionária será a responsável pela gestão do metrô após o processo de privatização, pelo prazo de 30 anos.

O investimento previsto é de R$ 3,7 bilhões para melhorias e ampliações. Desse total, R$ 2,8 bilhões são aportes do Governo Federal e R$ 440 milhões são provenientes do Termo de Reparação assinado com a Vale em decorrência do rompimento da barragem de Brumadinho.

O dinheiro deve ser investido na ampliação da Linha 1, única linha do metrô de BH atualmente, e na conclusão da construção da Linha 2. Segundo o governo do estado, a expansão da estrutura deve gerar mais de 28 mil empregos diretos e indiretos ao longo do contrato e promover melhorias na qualidade do serviço.

O sindicato afirmou que o Grupo Comporte entrou em contato com os trabalhadores, mas não deu garantias a longo prazo.

Os representantes da categoria buscam interferência do MPT (Ministério Público do Trabalho) e têm uma reunião marcada com Luiz Marinho, ministro do Trabalho, no dia 3 de abril para discutir a situação dos 1600 metroviários.

Edição: Roberth Costa
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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