O ex-empresário Paulo Henrique da Rocha, de 33 anos, suspeito de matar a ex-companheira, Tereza Cristina Peres de Almeida, de 44 anos, e o filho dela, Gabriel Peres Mendes de Paula, de 22 anos premeditou o crime e tinha a intenção de fugir da cidade. Ele foi preso na tarde desta quarta (31), no Centro da capital.
Segundo a delegada Ingrid Estevam, do Núcleo Especializado de Investigação de Feminicídio, Paulo Rocha esperou por aproximadamente cinco horas até executar friamente Tereza e Gabriel.
“Ele estava na esquina esperando as vítimas. Ele chegou cinco horas antes, aguardou as vítimas e, quando ela chegou, ele executou os dois friamente. Esse crime foi premeditado não só pelo tempo esperando a vítima como a mala que ele tinha no carro”, conta.
“Além disso, o que demonstra que ele planejou crime e fuga é que ele colocou seus imóveis e eletrodomésticos à venda nas redes sociais, há um bom tempo. Planejou tudo, sabia da rotina da vítima, e assim que ela chegou matou ela e o filho”, acrescenta a delegada.
Paulo foi preso no Barro Preto, na região Centro-Sul da capital, enquanto os advogados dele avaliavam a possibilidade de apresentá-lo ou não à polícia, já que a prisão preventiva pedida pela PCMG havia sido acatada pela Justiça. Antes de ser preso no Centro, Paulo passou pela cidade de Pará de Minas e em bairros de BH e região metropolitana.
Segundo o delegado titular da Divisão de Crimes contra a Vida, Emerson Morais, a prisão de Paulo foi recebida com surpresa pelos advogados. “Os Advogados fizeram contato solicitando vistas do inquérito, sob alegação de que ele iria provar a inocência. Hoje, os advogados disseram que, por hora, essa possibilidade não seria possível. Com o tirocínio dos investigadores fizemos a prisão, o que foi uma surpresa para advogados, que souberam do flagrante pela gente”, conta.
Além de roupas e R$ 450 em dinheiro vivo, a polícia encontrou no carro do suspeito, que teria sido o mesmo utilizado no crime, uma arma calibre nove milímetros, carregada e pronta para uso. A perícia será feita para identificar se é a mesma utilizada no crime. A blusa que ele usou na noite do crime também estava no carro.
Paulo foi preso em flagrante pelo porte ilegal de arma e cumprirá, também, a prisão preventiva – até que seja julgado -, solicitada ontem pela Polícia Civil e deferida hoje pela Justiça.
O suspeito pode ter um novo pedido de prisão preventiva nesta quinta (1º), quando passará por uma audiência de custódia pelo crime de porte ilegal de arma. “Se o juiz ou juíza entender que há a necessidade, ele terá mais um pedido de prisão preventiva a cumprir”, esclarece o delegado Emerson Morais.
