O Hospital da Baleia, em Belo Horizonte, precisou adiar seis cirurgias eletivas devido ao baixo estoque de sangue.
A unidade de saúde explica que a medida foi necessária para “garantir a segurança dos pacientes agendados, assim como o cumprimento de priorização frente a critérios pré-estabelecidos que consideram a clínica do paciente e avaliação do risco assistencial.”
“Quem repassa sangue para o Hospital da Baleia é o Hemominas, que está sofrendo com o desabastecimento, devido ao baixo número de doadores de sangue. Isso impacta diretamente no atendimento do hospital, podendo levar ao cancelamento de cirurgias, adiamento de procedimentos eletivos e tratamento dos pacientes com indicação de transfusão”, destaca Rafaella Matos, gerente de Enfermagem Ambulatorial do Hospital da Baleia
Matos explica que cada doação gera em média 450 ml de sangue, que atende até quatro pessoas. “Homens podem doar a cada 60 dias e mulheres, a cada 90. Basta ter entre 16 e 65 anos, estar em boas condições de saúde e pesar mais de 50kg”, afirma.
O Hospital da Baleia realiza, em média, 350 transfusões de sangue por dia, utilizando, geralmente, 2 bolsas de hemácias e uma bolsa de plaquetas por cada procedimento cirúrgico. Sendo assim, a unidade de saúde pede à população um gesto de solidariedade: que façam doação de sangue no Hemominas, para que o hospital continue ajudando milhares de pessoas.
Campanha Hemominas
A Fundação Hemominas, responsável por mais de 90% das demandas transfusionais do estado, também faz uma campanha para repor o seu estoque que está 30% abaixo do ideal, em média. Já a queda do tipo O positivo ultrapassa 50%. Segundo o Hemominas, o índice da população doadora no estado está abaixo do recomendado pela OMS( Organização Mundial de Saúde), que aponta os tipos sanguíneos O+, O-, A- e B com níveis mais críticos.
Segundo dados da Assessoria de Captação de Cadastro da Fundação Hemominas, apenas 1,8% dos mineiros são doadores de sangue regulares, sendo a OMS recomenda que esse índice seja de, pelo menos, 3% da população.