Jornalista denuncia agressão por parte de policiais na noite de Réveillon

Jornalista denuncia agressão delegacia caeté
Reprodução/Street View

O Réveillon de 2017 ficou marcado de uma forma nada agradável para um jornalista Paulo Marques, de 31 anos. Morador de Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, ele publicou um desabafo no Facebook. O jornalista denuncia agressão por policiais militares na noite do dia 31.

O homem teria apanhado depois de se recusar a deixar as dependências da Santa Casa de Caeté, também na região metropolitana, onde um amigo aguardava atendimento devido a uma reação alérgica. Um irmão dele e o sogro do rapaz que passava mal também foram detidos sob a acusação de desacato. Na rede social, Marques contesta a ação da PM e pede por justiça.

A postagem em que o jornalista fala sobre o ocorrido já conta com dezenas de comentários e compartilhamentos. No texto, ele explica que estava em uma festa para comemorar a virada do ano junto com o irmão e amigos em Caeté. Em determinado momento, um conhecido começou a se sentir mal e precisou ser levado para a unidade de saúde. Os quatro chegaram ao local e cerca de 1h depois o rapaz ainda não havia sido encaminhado para a triagem do hospital.

Inconformado com a lentidão no processo para a avaliação médica, o sogro do jovem se desesperou. Ele começou a pedir informações aos funcionários da Santa Casa. Em seguida, deu dois tapas em um vidro e toda a confusão começou.

Marques acalmou o homem, mas o porteiro do local chamou a PM. Assim que entraram no espaço, os policiais exigiram que o sogro, o jornalista e o irmão dele deixassem a recepção. No entanto, por temerem algum tipo de represália, se negaram. Os três foram retirados do local à força, levados para a delegacia de Caeté e, em seguida, para a delegacia de Sabará, cidade vizinha a cerca de 40 km.

Já na delegacia de Sabará, Paulo Marques teria questionado o motivo de o sargento responsável pela operação não estar utilizando a insígnia. O objeto serve para identificá-lo. Segundo o relato do jornalista, foi nesse momento que o policial bateu a cabeça dele contra uma parede. Apesar da pancada, conta não ter tido nenhum ferimento.

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Jornalista denuncia agressão na noite do Réveillon
Confusão começou na Santa Casa de Caeté
Reprodução/Street View

Ainda de acordo com o jornalista, ele, o irmão e o sogro do rapaz que passou mal só foram liberados depois de 1h da manhã. Os três chamaram um táxi para voltar a Caeté, mas nenhum motorista aceitou a solicitação. Tiveram, então, que esperar um familiar buscá-los.

Ao Bhaz, o jornalista contou que pretende procurar a corregedoria da PM em busca por justiça. “Uma simples reivindicação foi tratada de forma desproporcional”, disse. “Entrei em contato com a Santa Casa para pegar imagens de câmeras de segurança antes ir à corregedoria”, explica.

“Não houve agressão física ou desrespeito da nossa parte”, afirma. “Temos que ter consciência dos nossos direitos. A PM não está preparada para lidar com situações de estresse e, além de termos sido detidos, perdemos as comemorações da festa de Réveillon “, lamenta.

Outro lado

Procurado pelo Bhaz, o 61ª Batalhão de Polícia Militar se limitou a informar que a ação dos policiais ocorreu dentro dos protocolos da corporação. Segundo a comunicação da PM, os militares fizeram “uso progressivo da força” diante da atitude dos envolvidos, que estariam nervosos e agressivos. A PM enfatiza que a reação dos policiais foi proporcional e necessária.

Roberth Costa[email protected]

De estagiário a redator, produtor, repórter e, desde 2021, coordenador da equipe de redação do BHAZ. Participou do processo de criação do portal em 2012; são 11 anos de aprendizado contínuo. Formado em Publicidade e Propaganda e aventureiro do ‘DDJ’ (Data Driven Journalism). Junto da equipe acumula 10 premiações por reportagens com o ‘DNA’ do BHAZ.

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