O TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) manteve a prisão preventiva do delegado Rafael de Souza Horácio, denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais por homicídio qualificado.
De acordo com o Ministério Público, o crime foi cometido por motivo fútil e a vítima foi baleada sem tempo de reação. Ao converter a prisão do delegado de temporária em preventiva, a Justiça considerou que as condições pessoais do investigado e a gravidade concreta do delito recomendam a mudança da prisão cautelar.
Relembre o caso
O delegado Rafael Horácio matou com um tiro Anderson Cândido de Melo, motorista de caminhão, na tarde dessa terça-feira (26), em Belo Horizonte. Os dois teriam se envolvido em uma briga de trânsito na avenida do Contorno, sentido Barro Preto.
De acordo com a ocorrência, por volta das 14h30, o delegado teria ligado para o Denarc (Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico) e informado sobre o ocorrido.
Quando os policiais civis chegaram ao local, a Polícia Militar estava prestando socorro a Anderson Cândido de Melo, encaminhado ao hospital João XXIII. Ele não resistiu aos ferimentos.
Rafael Horácio contou que estava dirigindo no sentido Barro Preto, quando o caminhão que a vítima dirigia teria fechado a viatura dele, que não estava caracterizada, duas vezes. O motorista, depois, teria jogado o veículo contra a traseira da viatura, ainda segundo o relato do delegado.
O policial conta que saiu do carro e usou do que ele chama de “o único meio que possuía para cessar a iminente agressão”, atirando em direção ao centro do para-brisa do caminhão, e atingindo o motorista Anderson Cândido de Melo.
A vítima, 48, chegou viva ao hospital e passou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos. O delegado confessou que matou o motorista, entregou a arma de fogo, com 16 munições, e se apresentou na delegacia de homicídios na capital.