O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), afirmou neste sábado (10) que garante à população da capital mineira que não terá reajuste do valor da passagem de ônibus para 2020 caso as empresas não cumpram a lei relativa à presença do agente de bordo – o trocador. A revelação foi dada em entrevista exclusiva à repórter Mônica Miranda, da rádio Itatiaia.
“Em três anos, dei um reajuste. Avisei ao Célio [Bouzada, presidente da BHTrans] e aos empresários que dezembro não tem reajuste. Estou garantindo para população: se não tiver trocador, não tem reajuste”, afirmou, quando questionado pela jornalista sobre o assunto.
As empresas do transporte público de BH desobedecem, frequentemente, a norma em relação à presença do trocador. Para se ter uma ideia, a média era de uma empresa multada a cada hora, em dezembro de 2018. Entre janeiro e novembro daquele ano, já haviam sido registradas 8,7 mil infrações, o que totalizavam R$ 5,8 milhões de multa.
Kalil trava uma queda de braço com os empresários do setor desde a campanha, em 2016, quando afirmou que abriria a caixa-preta da BHTrans. No entanto, a auditoria divulgada pelo prefeito no fim do ano passado foi decepcionante para especialistas, movimentos e parte da população: além de não revelar nada contundente, o estudo afirmou que a passagem em BH deveria ser exorbitantes R$ 6,35.
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Pouco depois da divulgação da auditoria, ainda em dezembro passado, Kalil anunciou reajuste na tarifa de ônibus: de R$ 4,05 para R$ 4,50. Além do aumento, anunciou a contratação de 500 cobradores. Desta vez, o prefeito promete não realizar o reajuste caso a ausência desses profissionais não seja resolvida.
Obra
A entrevista concedida à Itatiaia ocorreu durante agenda do Kalil neste sábado. Acompanhado da primeira-dama Ana Laender, do vice-prefeito Paulo Lamac e do secretário municipal de Obras e Infraestrutura, Josué Valadão, visitou as intervenções feitas pela PBH na Vila Sumaré.
A agenda não foi divulgada à imprensa, apesar da presença da Itatiaia.