Kalil promete solução de problema na Vilarinho para 2023 e alfineta Zema sobre greve dos policiais

Kalil na Vilarinho
‘Em 2023 esse problema de Venda Nova está acabado’, garantiu o prefeito (Amanda Dias/BHAZ)

O prefeito Alexandre Kalil (PSD) visitou na tarde desta sexta-feira (25) as obras de implantação de reservatórios na avenida Vilarinho, região de Venda Nova. Quando prontos, os reservatórios devem reter juntos mais de 220 milhões de litros de água, na avenida que tem histórico de alagamentos em tempos de chuva.

“No final do ano, [o reservatório] já vai estar retendo alguma coisa, mas em 2023 esse problema de Venda Nova está acabado”, garantiu o prefeito. A previsão de finalização das obras na região é entre o final de 2023 e o início de 2024.

“O que queremos é tirar essa região tão importante que é Venda Nova das páginas policiais, das páginas de tragédia… Se Deus quiser, depois dessas obras, isso vai acabar”, disse. As obras em andamento totalizam R$ 200 milhões em investimentos, obtidos por meio da Caixa Econômica Federal.

Kalil ainda comentou sobre o projeto de lei vetado na CMBH (Câmara Municipal de Belo Horizonte) que previa a contratação de operações de crédito em mais de R$ 900 milhões para obras na Vilarinho. Ele disse que vai protocolar nova proposta para avaliação dos vereadores.

O prefeito também disse que há obras em andamento no Barreiro, além de que a PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) aguarda projeto da Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) para viabilizar a construção de bacias de contenção na avenida Tereza Cristina.

Greve de policiais

Questionado sobre a greve dos policiais de Minas Gerais, Kalil disse que apenas faz apelo para que os profissionais não prejudiquem a segurança da população, mas alfinetou o governador Romeu Zema (Novo). Para ele, o mandatário errou ao anunciar um reajuste alto à categoria e cumprir somente parte da promessa.

“Greve é o seguinte: ou tem dinheiro para pagar ou não tem dinheiro para pagar. Ninguém paga servidor se não tem dinheiro. O problema da revolta não é a greve, o problema da revolta é a mentira”, começou.

“Eu concordo com o governador, se não tem dinheiro, não pague, e principalmente não prometa levar para a ALMG [Assembleia Legislativa de Minas Gerais] um aumento de 40% e dê 12%. Quem cometeu esse problema foi o governo, que prometeu 40%”, completou Kalil.

O prefeito se refere à proposta enviada por Zema à ALMG de recomposição salarial para policiais militares e civis de quase 42%, prevista em três parcelas para 13% em julho de 2020, 12% em setembro de 2021 e 12% em setembro de 2022.

À época, a ALMG incluiu emenda que estendia um reajuste 28,82% para servidores de outras 13 categorias. A inclusão foi vetada pelo governador e o veto foi mantido pelos deputados. Com isso, os policiais receberam apenas a primeira parcela da recomposição, de 13%, e as outras categorias ficaram sem reajuste.

O prefeito Alexandre Kalil ainda foi questionado sobre fala do governador feita hoje em entrevista à Itatiaia, após manifestação dos policiais. “Prefiro perder a eleição e fazer o certo do que fazer o errado e ganhar a eleição”, disse Zema.

“O errado eu nunca fiz, tento fazer o certo”, rebateu Kalil. Em outro momento, ele voltou a criticar a promessa não cumprida do Governo de Minas: “O apelo que eu faço é que as forças de segurança protejam a população, porque não foi ela que mandou um reajuste para a ALMG e não cumpriu”.

Transporte público

Kalil também comentou sobre a situação das empresas de ônibus de BH e o objetivo de abaixar o preço das passagens. Nessa quinta-feira (24), ônibus da Viação São Dimas pararam de circular, argumentando falta de óleo diesel nos estoques e de viabilidade financeira para seguir adquirindo o combustível.

“Parece que um, dois, três, meia dúzia querem levar o transporte público ao caos”, disparou o prefeito. Ele fez um apelo à presidente da CMBH, Nely Aquino, para que o projeto de lei que prevê a redução de R$ 0,20 nas tarifas de ônibus seja apreciado em breve.

“São um milhão de pessoas que dependem de uma decisão da CMBH. Não vamos prejudicar a população que precisa pagar barato. Tem 10 dias que já está protocolado, coloco-me à disposição da chefe de poder, que eu respeito, se ela quiser conversar estou às ordens”, disse.

Edição: Giovanna Fávero
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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