Liberdade provisória é uma ‘retratação’, diz defesa de delegada

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Advogado de defesa conversou com o BHAZ após a justiça determinar liberdade provisória à delegada (Redes Sociais)

A Justiça de Minas Gerais concedeu, na tarde desta sexta-feira (24), liberdade provisória para a delegada Monah Zein. Ela havia tido prisão decretada ontem (23), suspeita de atirar em policiais civis. O caso aconteceu durante o momento em que a delegada denunciou abusos que estaria sofrendo na corporação.

Após a decisão divulgada, o advogado da delegada, Bruno Correa Lemos, conversou com o portal BHAZ. Ele fez questão de destacar que a Justiça indeferiu todos os pedidos realizados por parte da corregedoria da Polícia Civil e revelou que foi a defesa que pediu para que o caso siga em segredo de justiça.

“Essa decisão de conceder liberdade provisória significa uma retratação muito importante sobre o que aconteceu. É importante destacar que foi nós, da defesa, que pedimos que o caso siga em segredo de justiça depois de toda a exposição da Polícia Civil. E a juíza acatou”, explicou.

Monah permanece internada em um hospital. Não foi divulgado em qual unidade está e como está o estado de saúde dela. Também não há previsão para que ela receba alta.

Apesar disso, Bruno comentou sobre os próximos passos, tanto sobre a liberdade provisória da delegada Monah, quanto em relação ao trabalho que ainda precisa ser feito.

“Depois que ela receber alta, ela segue vida normal. E a gente vai trabalhar de forma árdua para levantar toda a documentação defensiva, bem como testemunhas e elementos de prova. Vamos apresentar isso em momento oportuno e tentar alcançar o melhor processo judicial”, complementou.

Entenda o caso

A delegada Monah Zein teve a prisão decretada após, segundo a Polícia Civil, ter atirado contra policiais no prédio onde mora, no bairro Ouro Preto, região da Pampulha. Ela se trancou no local e, pelas redes sociais, denunciou abusos que estaria sofrendo na corporação.

Em transmissão ao vivo, no perfil que mantém no Instagram, a delegada afirmou que policiais chegaram na porta da casa dela por volta das 9h da manhã de quarta-feira, após ela avisar que não iria mais trabalhar. A delegada disse ter decidido que “não vai mais viver nesse inferno”.

A servidora ficou mais de 30 horas até ser retirada de casa. De acordo com a PC, ela disparou quatro vezes contra policiais que tentavam entrar no local. O delegado responsável pelo caso, Saulo Castro, pediu a prisão preventiva de Zein e a internação da delegada em estabelecimento psiquiátrico, mas a justiça negou.

Agora, a expectativa é de que após receber alta, a delegada Monah Zein possa responder o caso em liberdade.

Edição: Lucas Negrisoli
João Lages[email protected]

Repórter no BHAZ desde setembro de 2023. Jornalista com 4 anos de experiência em veículos de comunicação. Fez cobertura de casos que têm relevância nacional e internacional. Com passagem pela RecordTV Minas, também foi produtor e editor de textos na Record News.

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