Material escolar está até 130% mais caro em Belo Horizonte, segundo pesquisa

Material Escolar
Maioria dos produtos avaliados apresentou aumento expressivo (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Uma pesquisa indicou um expressivo aumento no material escolar em BH para o início deste ano de 2022, em relação a 2020. Segundo um levantamento do site Mercado Mineiro, a maioria dos produtos escolares teve um aumento significativo nos últimos dois anos. Alguns chegaram a dobrar o valor de compra.

Segundo o coordenador da plataforma, Feliciano Abreu, os aumentos são muito superiores à inflação acumulado nos últimos dois anos. “Muito é em função do aumento do dólar, já que vários produtos são importados e os que são feitos no Brasil, são com matéria prima importada”, detalha.

Alguns produtos, como borracha, giz de cera, cola branca e tesoura, acumularam um aumento de mais de 100%. Feliciano explica que essa alta variação está ligada também a um aumento geral nos valores usados pela indústria, que acaba sendo repassado para o consumidor.

De uma vez só

Uma das principais dificuldades na compra do material escolar está no fato de que a maior parte se concentra em no início do ano. “Vem tudo de uma vez só, não tem como levar metade agora, metade depois. As escolas pedem tudo no inicio do ano letivo. Só que tem que pagar também a mensalidade da escola, IPTU, IPVA, cartão de crédito do Natal, férias, etc.”, comenta Feliciano.

Uma opção para muitas famílias é o parcelamento da compra do material. No entanto, o coordenador do site de pesquisas alerta sobre os “juros embutidos”. Ele explica que, mesmo quando o estabelecimento divide o valor sem juros, o valor final já teria uma compensação para o parcelamento, já que esses comércios costumam ter preços mais altos.

“A saída é ter atenção, trocar informações. Por exemplo, uma mãe acha algum produto mais barato e já avisa para as outras. As variações também são muito grandes entre as papelarias”, orienta Feliciano.

Confira a lista de produtos e as variações:

O site de pesquisas observa que a avaliação da variação de preços engloba o período de dois anos. Por causa do fechamento do comércio no início de 2021, a referência de comparação é o ano de 2020:

  • A Borracha Branca nº20 – Mercur / Maped que custava em média R$ 1,20 subiu para R$ 2,54, um aumento de 111%.
  • O Apontador com reservatório – Genérico que custava em 2020 o valor médio de R$ 2,10 subiu para R$3.11, um aumento de 48%.
  • O Caderno Brochurão Capa Dura 96 fls LICENCIADO 2022 – Tilibra / Norma / Foroni / Grafons que pelo preço médio em 2020 custava R$ 7,37 subiu para R$ 12,06, um aumento de 63%.
  • O Caderno Universitário Espiral Capa Dura 200fls LICENCIADO – Tilibra / Norma / Foroni / Grafons que custava em média R$ 15,12 passou para R$ 24,29, um aumento de 60%.
  • A Cola Branca 90 grs. – Genérico que custava R$ 2,15 subiu para R$ 4,42, um aumento de 105%.
  • A Cola Branca 90 grs. – Cascolar / 3M que custava em média R$ 2,95 subiu para R$ 6,23, um aumento de 111%.
  • O Gizão de Cera c/12 cores – Faber Castell/ Acrilex / Maped que custava em média R$ 5,66 subiu para R$ 12,12, um aumento de 114%.
  • O Lápis de cor inteiro c/24 cores (1º Linha) / Faber Castell / Norma / Maped que custava R$ 21,13 subiu para R$ 36,24, um aumento de 71%.
  • O Pincel Hidrocor ponta grossa / média c/ 12 cores – Faber Castell / Pilot / Compactor / Maped que custava R$ 19,52 subiu para R$ 35,76, um aumento de 83%.
  • A Tesoura Escolar inox ponta redonda – Mundial/Tramontina subiu de R$ 7,17 em 2020 para R$ 16,64 em 2022, um aumento de 132%
Edição: Vitor Fernandes
Guilherme Gurgel[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Escreve com foco nas editorias de Cidades e Variedades no BHAZ.

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