Em assembleia realizada nesta sexta-feira (24), o Sindimetro-MG (Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais) decidiu cumprir a escala mínima de viagens durante a greve em Belo Horizonte. A informação foi divulgada pela CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos).
A decisão veio após os metroviários descumprirem uma liminar concedida pela Justiça que determinava o funcionamento do metrô de Belo Horizonte em horários de pico. A determinação deveria valer para essa quinta-feira (23) e para hoje, mas o sindicato não cumpriu a escala mínima em nenhum dos dois dias.
Agora, o sindicato se comprometeu a cumprir a determinação a partir da meia noite deste sábado (25). A liminar prevê que o metrô deve funcionar de 5h30 às 10h e das 16h30 às 20h. No dia 31, véspera de Ano Novo, a Justiça impõe o horário da operação de 5h30 às 10h e das 16h30 às 23h.
O valor da multa proferida pelo desembargador Fernando Luiz Gonçalves Rios Neto, do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), é de R$30 mil por dia de descumprimento do serviço nos horários de pico.
A CBTU-BH também informou que foi notificada para audiência de conciliação com o Sindimetro-MG na próxima segunda-feira (27), às 14h.
Reforço de ônibus
Apesar de a Justiça ter determinado a existência de uma escala mínima de viagens durante a greve dos metroviários em BH, várias estações amanheceram vazias ontem (23).
Para atender os usuários que dependem desse meio de transporte, a PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) determinou que as empresas de ônibus façam viagens de reforço enquanto durar a paralisação.
De acordo com a prefeitura, a determinação prevê que as concessionárias cumpram os requisitos mínimos de prestação dos serviços estabelecidos no contrato de concessão. O objetivo é minimizar os impactos da greve para a população.
Ainda segundo a PBH, o reforço das viagens de ônibus vale para toda a cidade. De acordo com a CBTU, cerca de 100 mil pessoas transitam diariamente nas estações de metrô da capital.