Apesar de a Justiça ter determinado a existência de uma escala mínima de viagens durante a greve dos metroviários em BH, várias estações amanheceram vazias nesta quinta-feira (23). Para atender os usuários que dependem desse meio de transporte, a PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) determinou que as empresas de ônibus façam viagens de reforço enquanto durar a paralisação.
De acordo com a prefeitura, a determinação prevê que as concessionárias cumpram os requisitos mínimos de prestação dos serviços estabelecidos no contrato de concessão. O objetivo é minimizar os impactos da greve para a população.
Ainda segundo a PBH, o reforço das viagens de ônibus vale para toda a cidade. De acordo com a CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), cerca de 100 mil pessoas transitam diariamente nas estações de metrô da capital.
Sem escala mínima
A greve dos metroviários de BH começou meia-noite desta quinta-feira e não há previsão para a retomada do serviço. Na terça-feira (21), a CBTU acionou a Justiça pedindo a interrupção da greve ou a garantia de uma escala mínima de trens.
Ainda na terça, o desembargador Fernando Luiz Gonçalves Neto, do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), concedeu liminar que garante o funcionamento do metrô de Belo Horizonte em horários de pico.
Mesmo assim, o Sindimetro-MG (Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais) manteve a paralisação e não cumpriu a determinação judicial, deixando os moradores de BH surpresos com 19 estações fechadas logo nas primeiras horas do dia.
Por meio de nota, a CBTU comentou a paralisação total do metrô hoje e afirma que tomará providências legais e internas para “apurar a ação dos empregados que não se apresentaram em seus postos de trabalho”.