Os trabalhadores do metrô de Belo Horizonte farão uma nova assembleia na tarde desta quinta-feira (6) para discutir os rumos da greve, que paralisou temporariamente o funcionamento dos trens.
A reunião está marcada para as 17h30, na Estação Central, onde os trabalhadores discutirão a continuidade do movimento. Antes disso, Sindimetro-MG (Sindicato dos Metroviários de MG) prevê uma concentração a partir das 15h30.
Segundo o site do sindicato, a greve geral é uma advertência “para que o governo leve a sério a condição de permanência dos trabalhadores concursados em seus empregos”.
Sindicado prevê manifestação
“Nosso protesto não tem que ser em silêncio. Então, vamos lá. Concentração às 15h30, manifestação às 16h da tarde e, na sequência, a gente vai lá para a nossa assembleia para fazer um balanço de como foram esses dois dias de paralisação”, disse em vídeo Daniel Glória, presidente do Sindimetro.
Na última decisão, o sindicato responsável pelo metrô em BH paralisou as atividades na quarta (5) e quinta-feira (6). A ideia é que os trens voltem a funcionar a partir de meia-noite desta sexta (7).
CBTU aumenta multa diária
Nessa terça-feira (4), a CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) anunciou que o Sindimetro deverá pagar uma multa maior caso não interrompa a greve.
O Desembargador 1° Vice-presidente do TRT-MG, Dr. César Pereira da Silva Machado Júnior, definiu por aumentar a multa de R$ 35 mil para R$ 70 mil.
O TRT-MG destacou que “o art. 9º da Constituição de República, ao assegurar o direito de greve aos trabalhadores, estabelece limites para o seu exercício, com ênfase para o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade nos serviços ou atividades essenciais”.
A ordem judicial em vigor define o funcionamento diário de 60% dos trens “em relação às linhas e aos horários habitualmente praticados” em caso de paralisação.
Privatização
Em 23 de setembro, o governo federal publicou o edital de privatização do metrô de Belo Horizonte. Segundo o texto, o leilão será em 22 de dezembro deste ano.
O documento prevê lance mínimo de R$ 19.324.304,67. Atualmente, a empresa está avaliada em mais de R$ 750.000.000,00.
