Polícia Civil indicia mulher por extorsão contra o goleiro Éverson, do Galo

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Mulher de 40 anos foi indiciada por extorsão contra o goleiro Éverson, do Galo (Pedro Souza/Atlético _ Arquivo pessoal)

A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou a mulher de 40 anos denunciada pelo goleiro Éverson, do Galo, pelos crimes de extorsão e perseguição. O caso se tornou público em julho deste ano.

As investigações começaram depois que o atleta informou ter recebido mensagens da mulher, com quem teria um caso extraconjugal. Ela teria ameaçado divulgar imagens que mostrariam os dois juntos caso não recebesse dinheiro dele. A mulher disse que o jogador prometia se separar da esposa para ficar com ela.

Em coletiva de imprensa realizada ainda em julho, a Polícia Civil informou que existiam indícios de crime contra o goleiro. Segundo o delegado Rodrigo Bustamante, após o caso chegar às autoridades, uma medida cautelar de busca e apreensão permitiu que os policiais fossem à casa de Fabiana Sousa, em 30 de junho. No local, foram encontrados aparelhos eletrônicos, entre eles um notebook, de onde teriam partido as ameaças.

Por meio de nota, a defesa da mulher disse esperar que ela não fosse indiciada devido à “ausência de evidências robustas”. Em outro trecho, diz que a cliente foi julgada pela aparência, sendo alvo de ridicularização e descrédito. Por fim, anuncia que tem esperança de que, na esfera judicial, a cliente terá direito a uma “análise verdadeiramente imparcial dos fatos que lhe foram imputados”.

De acordo com a delegada Fabíola Oliveira, o crime de extorsão tem pena de reclusão de 4 a 10 anos e multa. Já o crime de perseguição tem pena de 6 meses a 2 anos e multa.

Nota da defesa de Fabiana na íntegra

“Recebemos com surpresa e consternação a notícia do indiciamento de nossa cliente pela Polícia Civil de Minas Gerais. Embora esperássemos que ela não fosse indiciada devido à ausência de evidências robustas, observamos desde o início certa inclinação da investigação em favor do jogador de futebol, levantando dúvidas sobre a imparcialidade do inquérito.

Desde o começo, nossa cliente foi injustamente julgada por sua aparência, sendo alvo de ridicularização e descrédito. Esse comportamento reflete uma sociedade machista e preconceituosa que, frequentemente, põe a mulher em posição de inferioridade e desconfiança, sem considerar os méritos de sua fala ou os fatos apresentados.

A celeridade e o rigor com os quais os procedimentos foram conduzidos nos chamaram a atenção, dada a nossa familiaridade com os trâmites judiciais diários, que raramente seguem esse ritmo acelerado.

O modo como as informações foram divulgadas à mídia, a rápida manifestação do jogador e a apreensão acelerada de objetos evidenciam, a nosso ver, um tratamento diferenciado por parte de segmentos da Polícia Civil de Minas Gerais, especialmente em casos envolvendo personalidades destacadas.

Agora, ao avançarmos para a esfera judicial, temos a esperança e a confiança de que, pela primeira vez, nossa cliente terá o direito a uma análise verdadeiramente imparcial dos fatos que lhe foram imputados.
É o necessário”.

Roberth Costa[email protected]

De estagiário a redator, produtor, repórter e, desde 2021, coordenador da equipe de redação do BHAZ. Participou do processo de criação do portal em 2012; são 11 anos de aprendizado contínuo. Formado em Publicidade e Propaganda e aventureiro do ‘DDJ’ (Data Driven Journalism). Junto da equipe acumula 10 premiações por reportagens com o ‘DNA’ do BHAZ.

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