A 24ª Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ de Belo Horizonte reuniu cerca de 200 mil pessoas pessoas no Centro da capital neste domingo (9). Com o tema “Democracia: Liberdade e Direitos para Todes”, o evento saiu da Praça da Estação em direção à Praça Raul Soares.
A programação contou com mais de 50 atrações no palco principal, montado na Praça da Estação, além de cortejo com cinco “trios da militância”. Às 17h, os trios começaram o cortejo saindo em direção à rua Guaicurus, seguindo pela rua da Bahia até o acesso à avenida Amazonas, atravessando a Praça Sete até finalizar na Praça Raul Soares.
O evento, organizado pelo Cellos-MG, recebeu shows de artistas locais de BH e da região metropolitana, grupos de dança, drag queens e manifestações políticas e institucionais de aliados da comunidade LGBTQIA+.
Inclusão de corpos marginalizados
Thiago Roubles, diretor do Cellos-MG, explicou que o tema da parada deste ano foi pensado “para incluir toda a população que vem sendo excluída, os corpos trans, os corpos não-bináries, as lésbicas, as mulheres, os travestis”.
“Porque nós estamos na luta pelos direitos que englobem todas as pessoas da nossa comunidade para que ninguém fique restrito à marginalidade”, completou Thiago.
Lideranças políticas
Lideranças políticas pelos direitos humanos, como Symmy Larrat (PT), Sônia Guajajara (PSOL) e Célia Xakriabá (PSOL) estiveram no evento e discursaram em favor da comunidade LGBT+.
Symmy Larrat, mulher trans e Secretária Nacional dos Direitos da População LGBTQIA+, mencionou o pastor André Valadão, investigado por uma pregação homofóbica nos EUA.
“Nós ainda não derrotamos o ódio de todos, e prova disso são as falas desse pastor [Valadão]. Ainda temos que permanecer nas ruas, vigilantes e atuantes. Eu queria sugerir que a gente trate ele como ele é, um criminoso. Então, Valadão, vai tomar polícia”.
Prefeitura de BH cria comissão LGBTQIA+
Durante a 24ª Parada do Orgulho LGBTQIA+, o prefeito Fuad Noman anunciou a criação de uma comissão municipal para o enfrentamento das violências e pela promoção de uma cidade mais diversa e inclusiva.
Para o órgão multidisciplinar, serão designados integrantes de diferentes secretarias do município e da sociedade civil com o objetivo de estruturar propostas de implementação de políticas públicas para o atendimento à população LGBTQIA+.
“Mais um passo que a prefeitura dá no sentido de atender essa população que sofre discriminação, sofre violência, sofre com o abandono”, afirmou o prefeito Fuad Noman.
Veja fotos da Parada LGBTQIA+ em BH






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