Passageira relata momentos de tensão durante perseguição protagonizada por taxista em BH

Reprodução/YouTube

Uma mulher, de 28 anos, viveu momentos de tensão, nessa terça-feira (20), após embarcar em um táxi no bairro Santa Efigênia, na região Leste de Belo Horizonte. Por meio das redes sociais, a auxiliar administrativa Rafaella Ramos contou que o carro no qual estava foi perseguido por outro taxista até a porta da casa onde ela mora.

Os motoristas discutiram durante todo o trajeto e, segundo a passageira, quase chegaram a se agredir em meio ao trânsito. Eles teriam se desentendido porque o taxista que a levava possui placa de Confins, cidade da região metropolitana, e não pode embarcar passageiros na capital.

Ao Bhaz, Rafaella contou que sentiu bastante medo da atitude dos taxistas e pretende procurar a Polícia Militar (PM) para registrar boletim de ocorrência. “Eles discutiam e brigavam enquanto dirigiam. Xingavam palavrões e se ameaçavam a todo momento, foi horrível”, disse. “Eu pedi que me respeitassem, mas não fui ouvida”, explica.

“Me senti ameaçada com essa situação. O taxista perseguiu o carro em que eu estava até a porta de casa. Eu entrei rapidamente e não vi mais o que aconteceu, mas vou procurar a polícia, tenho as placas e tudo”, completa. A auxiliar administrativo gravou o momento em que o táxi em que estava era perseguido.

A auxiliar a administrativo considera que o fato de ter embarcado em um táxi de Confins, proibido de circular pela capital, é de responsabilidade do Easy Táxi, aplicativo que utilizou para acionar o serviço. “Eu não tinha como saber que o táxi não podia rodar em BH. Apenas solicitei e recebi a placa com a confirmação”, conta.

O que fazer?

Procurada pelo Bhaz, a BHTrans explicou que Confins não faz parte da chamada Praça Integrada – um convênio que permite taxistas circularem por cidades vizinhas sem restrições – e que, por tal motivo, taxistas da cidade só podem trazer passageiros até a capital mineira. O mesmo ocorre com condutores que prestam o serviço em Belo Horizonte. A orientação é que os motoristas só levem usuários até Confins e não circulem dentro do município.

Segundo a empresa, Contagem, Ibirité, Ribeirão das Neves e Sabará fazem parte da Praça Integrada. A BHTrans ainda considera que a perseguição narrada pela passageira é um caso de polícia. Além disso, recomenda que pessoas procurem as autoridades para fazer denúncias se passarem por situações semelhantes. Para informar irregularidades e desvios de conduta, os usuários de táxis na capital devem ligar para o número 156.

Aplicativo diz que responsabilidade é do motorista

Já o Easy Táxi informou, por meio de nota, que os motoristas são os responsáveis por decidir se aceitam ou não a solicitação para uma determinada corrida. Segundo o aplicativo, cada condutor deve observar as regras locais e segui-las, caso contrário estará agindo de forma irregular. Apesar disso, não informou se o taxista pode ser punido pela conduta adotada.

Veja o comunicado do Easy Táxi na íntegra:

“O sistema da Easy dispara as corridas para os taxistas mais próximos cadastrado e online no aplicativo. Quando enviada a corrida aos motoristas, é encaminhado também as informações do endereço de partida, para que o motorista saiba se pode pegar ou não aquela corrida. A responsabilidade de saber se pode ou não pegar a corrida é do motorista e é responsabilidade dos órgãos de transporte municipal vistoriar se os motoristas estão ou não agindo de acordo com as regras locais”.

Roberth Costa[email protected]

De estagiário a redator, produtor, repórter e, desde 2021, coordenador da equipe de redação do BHAZ. Participou do processo de criação do portal em 2012; são 11 anos de aprendizado contínuo. Formado em Publicidade e Propaganda e aventureiro do ‘DDJ’ (Data Driven Journalism). Junto da equipe acumula 10 premiações por reportagens com o ‘DNA’ do BHAZ.

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