Escorpiões infestam sede da PBH em Venda Nova; população fica em alerta

Uma infestação de escorpiões está deixando a população de bairros da região de Venda Nova preocupada. A situação, inclusive, chegou ao estado crítico na unidade da Administração Regional da Prefeitura de Belo Horizonte localizada na avenida Padre Pedro Pinto.

Servidores que trabalham no local denunciaram a situação a vereadores da capital. A aparição de escorpiões tem sido frequente no edifício.

De acordo com ofício apresentado à Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) pelo vereador Pedro Bueno (Podemos), no prédio onde são prestados vários serviços de assistência social e, por onde passam vários cidadãos entre crianças, idosos e pessoas com dificuldade de locomoção, são encontrados, em média, dois escorpiões por semana.

Um documento com os casos foi apresentado na Comissão de Saúde e Saneamento pelo vereador. O assunto inclusive chegou a uma Audiência Pública para discutir ações de combate aos escorpiões na cidade de Belo Horizonte.

Segundo apurado pela comissão, a principal reclamação no local é o número de baratas, que serve de alimento para os escorpiões. Na região há muitas lanchonetes e estabelecimentos alimentícios, com supermercados, açougues etc. Desta forma, o ambiente se torna propício para o aparecimento de pragas.

Houve então, por meio da comissão, uma exigência para que a zoonoses exterminasse os escorpiões. Entretanto, nos últimos dois meses, o aparecimento de escorpiões no local voltou a se repetir, colocando servidores e a população em risco.

PBH reconhece problema

A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), informou que uma equipe de controle de zoonoses já esteve no local para realizar a vistoria e avaliar a situação.

“Durante a ação, foi feita a avaliação das condições ambientais e foram repassadas as orientações para minimizar o risco de acidentes. O controle de escorpiões em Belo Horizonte segue normas definidas pelo do Ministério da Saúde (MS). Não é recomendado o uso de venenos para controle químico, pois não há inseticidas que matam o animal”, disse a PBH em nota.

A Gerência de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde, responsável pelo controle, atende os princípios definidos pelo governo federal que indica que os inseticidas disponíveis no mercado apenas desalojam esses aracnídeos aumentando assim o risco de acidentes. Confira a nota na íntegra:

“O trabalho consiste em vistorias de rotina e atendimentos feitos a zoonoses diante do relato de aparecimento de escorpiões. Os escorpiões capturados são encaminhados à FUNED para coleta de veneno e produção de soro antiescorpiônico.

As medidas de controle e manejo populacional de escorpiões baseiam-se na modificação das condições do ambiente, a fim de torná-lo desfavorável à ocorrência, permanência e proliferação destes animais.

O hábito dos escorpiões de se abrigarem em frestas de paredes, embaixo de caixas, papelões, pilhas de tijolos, telhas, madeiras, em fendas e rachaduras do solo, juntamente com sua capacidade de permanecer meses sem se movimentar, torna o tratamento químico ineficaz”.

Orientações

Segundo a PBH, os Agentes de Combate a Endemias (ACEs) fazem visitas regulares às residências em toda a cidade e distribuem material informativo e orientam a população sobre a melhor forma de evitar o aparecimento de escorpiões e outros animais peçonhentos.

“Durante todo o ano, a PBH faz um trabalho de prevenção de doenças e promoção da saúde, por meio da limpeza dos córregos, recolhimento do lixo e coleta de entulhos, entre outras ações. Também é feito um intenso trabalho de conscientização junto aos cidadãos, com a participação dos ACEs”, diz a SMSA.

A SMSA orienta à população a manter os quintais sempre limpos, livres de entulhos ou outros materiais que possam servir de abrigo para escorpiões e outros animais sinantrópicos.

“Vários fatores podem contribuir para o aumento do número desses animais, um deles é o climático. Em épocas mais chuvosas, por exemplo, e de grandes oscilações de temperaturas muitos deles animais ficam desalojados e procuram abrigos em locais secos, daí a importância de se redobrarem os cuidados. A má conservação de lotes vagos também pode contribuir para a proliferação dos escorpiões. Por isso, é importante o morador manter, sempre, os locais livres de lixo e restos de comida”, reforça a secretaria.

Vistorias

As vistorias em residências são realizadas de acordo com as demandas solicitadas por meio do SAC (Serviço de Atendimento ao Cidadão), pelo telefone 156. Os técnicos da PBH têm até 10 dias úteis para vistoriar o local, após a solicitação feita pelo número de telefone.

Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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