Réus do caso Backer começam a ser interrogados nesta terça-feira

fachada backer
O juiz Alexandre Magno de Resende Oliveira, da 2ª Vara Criminal de BH, começa a ouvir nesta terça-feira (28) os réus do caso Backer (Amanda Dias/BHAZ)

O juiz Alexandre Magno de Resende Oliveira, da 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte, começa a ouvir nesta terça-feira (28) os réus do caso Backer no Fórum Lafayette. Ao todo, 10 pessoas serão ouvidas até quinta-feira (30).

Amanhã estão previstos os interrogatórios de Ana Paula Lebbos, Hayan Franco Khalil Lebbos e Munir Franco Kalil Lebbos, sócios da cervejaria.

Na quarta-feira (29), é a vez dos responsáveis técnicos Ramon Ramos de Almeida Silva, Sandro Luiz Pinto Duarte, Cristian Freire Brandt e Adenilson Resende de Freitas prestarem depoimento.

Os outros três réus depõem na quinta-feira (30): são o engenheiro Álvaro Soares Roberti, o chefe de manutenção Gilberto Lucas de Oliveira e funcionário de uma fornecedora de insumos para a cervejaria, Charles Guilherme da Silva.

Os réus são acusados de lesão corporal, homicídio e tentativa de homicídio culposo por meio de contaminação de alimentos. Paulo Luiz Lopes, responsável técnico da cervejaria, também era réu no processo, mas morreu após sofrer um acidente vascular cerebral em 27 de setembro de 2020.

Testemunhas e vítimas depuseram no ano passado

Testemunhas e vítimas de intoxicação pelas cervejas da Backer foram ouvidas no Fórum Lafayette em maio do ano passado.

O julgamento busca apurar a conduta de dez pessoas apontadas como responsáveis pela contaminação da cerveja que deixou dez vítimas fatais.

Investigações do Ministério da Agricultura concluíram que a contaminação ocorria dentro da cervejaria, em lotes de bebida que não tinham nenhuma relação entre si. Uma segunda testemunha alegou que o resfriamento atípico das bebidas também chamou a atenção dos técnicos durante a vistoria.

Segundo inquérito da Polícia Civil, 29 pessoas foram intoxicadas e acabaram desenvolvendo uma síndrome que causa insuficiência renal aguda por conta do dietilenoglicol. Dez das vítimas morreram. A corporação indiciou 11 pessoas por diversos crimes, como lesão corporal, contaminação e homicídio culposo.

Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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