O homem de 26 anos, preso na noite desse domingo (9) suspeito de estuprar uma estudante que voltava da faculdade em Belo Horizonte, já cometeu pelo menos dois outros crimes da mesma natureza. A informação é da Polícia Civil, em coletiva nesta segunda-feira (10).
Após a divulgação das imagens do crime da última quarta-feira (5), outra mulher procurou a corporação e identificou o suspeito como o homem que a estuprou em 2021, próximo à avenida Cristiano Machado, na região Norte de BH. Ela presta depoimento à polícia nesta manhã.
O suspeito de 26 anos também já chegou a ser apreendido por outro estupro, em 2013, quando ainda era menor de idade.
A delegada Renata Ribeiro acredita que ele possa ser o autor de outros estupros e pede que outras possíveis vítimas procurem a Polícia Civil caso identifiquem o suspeito nas imagens divulgadas.
Ele se apresentou ontem à corporação, após vizinhos o identificarem nas imagens de câmeras de segurança e depois que passou a sofrer ameaças de morte de outros criminosos da região onde mora.
A investigação apurou que ele não tem ocupação fixa, já foi preso por furtos e roubos, diz ser traficante, é casado e tem um filho.
‘Modus operandi’
A Polícia Civil reforça que o homem segue o mesmo “modus operandi” ao cometer os crimes: ele enforca as vítimas até elas desmaiarem, as estupra e rouba os pertences delas antes de fugir.
A vítima de 22 anos de quarta-feira (5) relatou que voltava da faculdade, por volta das 22h30, quando ele a abordou e a arrastou até um lote vago.
Lá, ele disse ser um traficante muito temido do Centro da cidade e aformou que conhecia todas as movimentações da jovem e da família dela.
Temendo pela própria vida, a vítima não fugiu. Primeiro, o homem a estrangulou com as mãos, enquanto ela relutava.
Em seguida, ele pegou um cadarço do tênis para enrolar no pescoço dela e, ainda sem sucesso, usou a blusa da própria jovem para enforcá-la.
Quando ela já estava desmaiada, ele a estuprou e deixou nua no lote vago. Em seguida, fugiu com o tênis, a bolsa, o celular e as correntes dela. Testemunhas ainda disseram à Polícia Civil que viram o homem sujo de terra e sangue logo após o crime.
