Taxa de transmissão da Covid-19 em BH volta a estado de alerta

rua belo horizonte
Retorno ao nível preocupante se dá no dia em que a última reabertura da cidade completa uma semana (Amanda Dias/BHAZ)

Depois de uma semana em ascensão, a taxa de transmissão da Covid-19 na capital mineira voltou ao nível de alerta ao atingir 1,01 nesta quinta-feira (29), conforme boletim epidemiológico divulgado pela PBH (Prefeitura de Belo Horizonte). Ontem (28), o índice estava em 0,99, depois de ter apresentado um salto de 0,93 para 0,96 entre a última sexta-feira (23) e a segunda (26).

Quando o índice, que aponta o número médio de transmissão por infectado (Rt), fica acima de 1, ele representa um alerta para a cidade, de acordo com infectologistas. A taxa indica quantas pessoas um paciente contaminado pelo novo coronavírus tem potencial para infectar. O Rt estava no nível verde, que sinalizava a regressão da transmissão em BH, desde o dia 5 de abril.

Outro indicador que apresentou aumento de ontem para hoje é a ocupação de leitos de enfermaria destinados ao tratamento da Covid-19 em BH, que subiu de 59,3% para 60,3%, permanecendo no nível amarelo. Já a ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) caiu de 79,9% para 78,9%. Apesar da leve queda, o índice continua no nível vermelho e máximo de alerta.

Covid em BH
Taxa de transmissão voltou ao nível de alerta em BH (Reprodução/PBH)

Ainda segundo o boletim, Belo Horizonte já registrou 176.029 casos de Covid-19 e 4.295 mortes em decorrência da doença. Além disso, 6.706 casos estão em acompanhamento e 165.028 pessoas já se recuperaram da infecção pelo novo coronavírus na cidade.

Já em relação à imunização contra a doença, 530.914 pessoas já receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19 em BH, e 212.409 receberam a segunda dose. Ao todo, 952.163 doses foram destinadas à cidade e 904.111 já foram distribuídas para os grupos prioritários de imunização.

Reabertura

A última quinta-feira foi o primeiro dia da retomada das atividades em Belo Horizonte. O comércio de rua considerado não essencial pode funcionar das 9h às 20h, enquanto as lojas no interior de shoppings, das 10h às 21h; enquanto atacadistas, das 5h às 17h. Bares e restaurantes não só podem voltar a receber clientes, como a venda de bebida alcoólica é permitida das 11h às 16h, de segunda a sábado.

Já hoje, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) declarou que uma nova flexibilização do comércio para os Dia das Mães está descartada em Belo Horizonte, em entrevista à Rádio Itatiaia. O mandatário afirmou que o momento é de “cautela” e cogitou um novo fechamento, caso os indicadores da pandemia de Covid-19 apresentem piora.

Representantes dos lojistas e dos comerciantes de bares e restaurantes desejavam a ampliação do horário de funcionamento em razão da data comemorativa. Só que os planos não serão atendidos pela PBH: Kalil disse que primeiro é preciso fazer a avaliação do impacto da abertura iniciada há uma semana para definir os próximos passos.

“Na próxima quinta-feira (6), nós teremos o ciclo de 14 dias, quando teremos cientificamente a comprovação do número dessa abertura. Então, nós tivemos o cuidado, inclusive, de reabrir o comércio para pegar o Dia das Mães. Agora, não podemos cair no mesmo erro. Eu acho que um pouco de cautela e caldo de galinha não vai fazer mal para ninguém. Está tudo aberto”, disse.

Edição: Giovanna Fávero
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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