A Polícia Militar (PM) prendeu um taxista de 40 anos suspeito de estuprar uma adolescente, de 16, na noite desta quarta-feira (28), no bairro Serrano, na região da Pampulha, em BH.
Aos policiais, a vítima contou que aguardava a chegada de um ônibus para ir ao serviço quando um táxi passou. Ao pará-lo, perguntou ao motorista qual seria o valor de uma corrida até o local onde trabalha. O homem disse que ficaria em R$ 10 e a jovem embarcou no veículo. No caminho, o taxista começou a assediá-la.
Para chegar mais rápido ao destino, a adolescente solicitou que o condutor pegasse um determinado caminho. No entanto, ele fez outro trajeto alegando que demoraria apenas cinco minutos para chegar. Já na avenida Heráclito Mourão de Miranda, o taxista entrou em um motel com a garota, travou a porta e com auxílio de um funcionário do estabelecimento abaixou o toldo.
A vítima contou ainda que foi obrigada a descer do carro e a entrar no quarto. Por lá, o taxista tentou tirar a blusa dela. Foi então que a adolescente começou a chorar e a pedir para que ele se afastasse. A jovem tentou sair do quarto, mas o homem a segurou com força e a pressionou contra a parede beijando seu pescoço. Ele ainda tentou fazer com que ela pegasse em sua genitália.
Ao ameaçar gritar pedindo socorro, o homem ficou com receio e disse que a levaria embora. No entanto, pediu para ela não contasse a ninguém sobre o ocorrido e mandou que anotasse seu telefone. A garota anotou a placa do táxi ao ser deixada no local de trabalho e chamou a Polícia Militar (PM).
Depois de ouvir a versão da adolescente, militares realizaram patrulhamento pelo bairro Padre Eustáquio, local em que ela embarcou. O homem foi encontrado pelos agentes na rua Pará de Minas e tentou resistir ao receber uma ordem de parada dos agentes. Por conta disso, foi necessário o uso de técnicas de imobilização.
Versão do taxista
Para tentar se defender, o taxista alegou que havia parado no ponto em que a menor estava apenas para tirar uma dúvida. Segundo ele, iria encontrar a esposa quando teve a corrida solicitada pela adolescente. Contou ainda que, já no carro, começou a conversar com a jovem sobre a vida dela e disse que a levaria para um motel.
O taxista tentou justificar a ação dizendo que a adolescente permaneceu calada após ouvir que seria levada ao motel. Disse também que funcionários do motel o conhecesse e que por isso não exigiram documentação da menor. Ele afirmou não ter forçado a entrada dela no quarto e que a deixou no local solicitado após sair do motel.
O motorista contou ainda que já levou outras parceiras ao mesmo estabelecimento. A ocorrência foi encerrada na Central de Flagrantes (Ceflan) 4.
