Anitta questiona Regina Duarte após entrevista: ‘Me causa muito medo. Onde está a empatia?’

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Comentário da cantora tem tom crítico à postura da atriz e já recebeu mais de 75 mil curtidas no Instagram (@Anitta/Instagram/Reprodução + CNN/Reprodução)

A polêmica entrevista de Regina Duarte para a CNN ainda tem dado o que falar. Desta vez, quem resolveu se pronunciar foi a cantora Anitta, que questionou a falta de ações da Secretária de Cultura para auxiliar os trabalhadores do setor. A artista ainda perguntou sobre a empatia e pediu que Regina governasse para o povo.

Em um comentário deixado no perfil do Instagram da Secretária de Cultura, Anitta repreendeu a forma como a atriz exaltou o período da ditadura militar no Brasil.

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“Se recusar a ouvir uma opinião contrária logo depois de enaltecer os tempos de ditadura me causa muito medo. Até porque eu e muitos dos meus amigos seríamos os primeiros censurados caso esse regime voltasse ao Brasil e nós continuássemos no exercício do nosso trabalho”, escreveu.

Com a maior parte dos eventos culturais do país paralisados, Anitta também questiona como tem sido utilizada a verba “de entretenimento do povo” das prefeituras. “Agora, que não estão sendo utilizadas, pra onde está indo esse dinheiro? A senhora não poderia tentar fazer com que ele estivesse indo para os trabalhadores da indústria que estão sofrendo com o momento?”, perguntou.

Após Regina demonstrar ser insensível às mortes por Covid-19 no Brasil, a cantora também fez perguntas sobre a falta de cuidado com os familiares das vítimas. “E as famílias que perderam parentes com a doença? Como se sentiriam ouvindo um depoimento de quem faz pouco caso do momento? Onde está a empatia?”, provocou.

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A artista conclui o texto dizendo que não tem o intuito de insultar a Secretária, mas apenas questioná-la. O comentário já recebeu, até o momento, mais de 75 mil curtidas.

A entrevista

A secretária especial de Cultura do governo Bolsonaro, Regina Duarte, concedeu uma entrevista para a CNN Brasil, nessa quinta-feira (7). Além de cantar uma música da Ditadura Militar (1964-1985), ao vivo, a atriz ainda minimizou as mortes e torturas registradas no período em que os militares mandavam no país.

“Na humanidade, não para de morrer [gente]. Por que as pessoas ainda ficam ó [chocadas]? Não quero arrastar um cemitério de mortos nas costas”, disse a ex-global em um trecho da conversa com o jornalista Daniel Adjuto.

Regina afirmou ainda que não deixará o governo, apesar do momento de crise que vive com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas últimas semanas. Em outro momento, começou a cantar “Pra Frente Brasil”, música da época da ditadura militar. “Não era gostoso cantar isso?”, perguntou.

Visivelmente constrangido, o entrevistador argumentou que, na ditadura, muitas pessoas foram torturadas, sofreram censura e até morreram. “Se você falar vida, do lado tem a morte. Sempre houve tortura, censura. Sou leve, estou viva. Estamos vivos, vamos ficar vivos? Não vive quem fica arrastando cordéis de caixões”, respondeu a secretária.

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