A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu a venda de todas as pomadas para modelar, trançar e fixar cabelos. A medida é preventiva e tem, entre as razões, aumento de relatos de “efeitos indesejáveis graves” associados a produtos do tipo.
De acordo com a Anvisa, a determinação é válida também para distribuição e exposição para a venda de todos os lotes de qualquer tipo destes cosméticos, no comércio em geral. A agência divulgou também uma série de recomendações relacionadas aos produtos.
Em dezembro de 2022, pelo menos 130 mulheres procuraram serviços de saúde no Rio de Janeiro por conta de queimaduras nos olhos. Elas relataram ter feito uso de pomadas para o cabelo. Já neste ano, novos relatos semelhantes surgiram em diferentes estados, com produtos de várias marcas e fabricantes.
Efeitos adversos relatados após uso de pomadas
Entre os efeitos adversos observados estão a perda temporária da visão, forte ardência nos olhos, lacrimejamento intenso, coceira, vermelhidão e inchaço dos olhos, dores de cabeça e queda intensa de cabelo.
Segundo as informações disponíveis, as ocorrências se deram, principalmente, depois que os usuários que aplicaram as pomadas mergulharam no mar, piscina, tomam banho de chuva, ou transpiram. Isso porque a pomada escorre pelo rosto e entra em contato com os olhos.
Interdição de pomadas temporária
A agência de saúde informa que interdição é temporária e ficará vigente até que sejam realizados testes, análises e outras providências possíveis para concluir a investigação sobre casos de intoxicações. A Resolução nº 475 da Anvisa foi publicada ontem (9), no Diário Oficial da União.
A recomendação da Anvisa ainda pede que pomadas existentes nas residências ou em salões de beleza, que foram compradas antes da publicação da resolução, ou seja antes do dia 9 de fevereiro, também não devem ser usados, enquanto a medida estiver em vigor.