Áudios de WhatsApp provam que Bolsonaro e o filho mentiram sobre Bebianno

Reprodução/RodaViva/Caio César/CMRJ

A revista VEJA divulgou, nesta terça-feira (19), uma série de áudios e mensagens que provam que o presidente Bolsonaro (PSL) e o filho Carlos, vereador no Rio de Janeiro pelo mesmo partido, mentiram a respeito do agora ex-ministro Gustavo Bebianno.

O desgaste entre os três começou quando Carlos usou o Twitter para desmentir Bebianno. O então responsável pela Secretaria-Geral da Presidência da República disse, em entrevista para a Folha de S. Paulo, que havia falado pelo menos três vezes com o presidente para rebater a informação que a relação entre eles estava estremecida. Ele disse que havia falado com Bolsonaro “três vezes” naquela ocasião.

De acordo com a publicação, Carlos, que já não era lá muito fã de Bebianno, usou o Twitter para dizer que a declaração do ministro, àquela época, era “mentira absoluta”. Mais tarde, Bolsonaro retuitou a mensagem do filho.

Apesar disso, os áudios a que VEJA teve acesso mostram que Bebianno realmente conversou com o presidente. “Os áudios a que VEJA teve acesso provam que, se alguém mentiu no episódio, foram o presidente e o filho”, diz trecho da reportagem.

Os áudios 

Em um dos áudios, Bolsonaro diz considerar a Globo “inimiga”. “Gustavo, o que eu acho desse cara da Globo dentro do Palácio do Planalto: eu não quero ele aí dentro. Qual a mensagem que vai dar para as outras emissoras? Que nós estamos se aproximando da Globo, disse em um trecho.

Já em outro momento da conversa, Bolsonaro afirma que uma viagem de ministros, entre eles Bebianno, ao Pará não será realizada. “Agora: eu não quero que vocês viajem porque… Vocês criam a expectativa de uma obra. Daí vai ficar o povo todo me cobrando. Isso pode ser feito quando nós acharmos que vai ter recurso, o orçamento é nosso, vai ser aprovado etc. Então essa viagem não se realizará, tá OK? Um abraço aí, Gustavo!”, disse.

O presidente também defendeu o filho, Carlos, e disse que Bebianno não foi perseguido. “O caso incitando a saída é mais uma mentira. Você conhece muito bem a imprensa, melhor do que eu. Agora: você não falou comigo nenhuma vez no dia de ontem. Ele esteve comigo 24 horas por dia. Então não está mentindo, nada, nem está perseguindo ninguém”, afirmou ao fazer referência ao filho.

Por fim, Bebianno acaba insistindo ter conversado com o presidente por três vezes, como comprovam os áudios. “Há várias formas de se falar. Nós trocamos mensagens ontem três vezes ao longo do dia, capitão”, diz em uma mensagem.

Falamos da questão do institucional do Globo. Falamos da questão da viagem. Falamos por escrito, capitão. Qual a relevância disso, capitão? Capitão, as coisas precisam ser analisadas de outra forma. Tira isso do lado pessoal. Ele não pode atacar um ministro dessa forma. Nem a mim nem a ninguém, capitão. Isso está errado. Por que esse ódio? Qual a relevância disso? Vir a público me chamar de mentiroso? Eu só fiz o bem, capitão. Eu só fiz o bem até aqui. Eu só estive do seu lado, você sabe disso. Será que você vai permitir que o senhor seja agredido dessa forma? Isso não está certo, não, capitão. Desculpe”, continuou.

Mais tarde, em outro ponto, o presidente e o ministro passam a discutir em outro tom. Bolsonaro acusa Bebianno de “plantar” uma nota no site O Antagonista e diz que não vai mais respondê-lo. Bebianno, por sua vez, diz, que o presidente “está envenenado”, fazendo referência novamente a Carlos.

Clique aqui para escutar os áudios na íntegra.

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