Depois de fazer um vídeo criticando as medidas de isolamento social, o acionista e membro do conselho de administração do Giraffas, Alexandre Guerra, foi afastado da rede pelo próprio pai, Carlos Guerra, fundador e CEO da empresa.
Por meio das redes sociais do Giraffas, o dono da rede de restaurantes anunciou a decisão e afirmou: “Não autorizamos nenhum porta-voz da empresa a dar declarações em nosso nome. Estamos autorizados eu, nossa diretoria e assessoria de imprensa”.
O empresário Alexandre Guerra gravou um vídeo que repercutiu nas últimas semanas, em que tenta assustar trabalhadores com a possibilidade do desemprego. “Ao invés de estar com medo de pegar esse vírus, você deveria também estar com medo de perder o emprego”, disse.
Dono do Giraffas fazendo terrorismo com a população. Metendo medo em quem está prudentemente em quarentena “curtindo” nas palavras dele. Mais um que eu queria ver no caixa, na chapa, no ônibus apertado de ida e volta. Dando exemplo, sabe? pic.twitter.com/JKdnPH3q5G
— André Rochadel (@andre_rochadel) March 24, 2020
“Alexandre Guerra é meu filho e fez gravações em vídeo que não concordamos e pedimos que não fossem conectadas ou vinculadas ao Giraffas. Concordamos que ele deixe de ser acionista da empresa e deixe o cargo de membro do conselho de administração. Ele não trabalha na empresa há mais de quatro anos”, afirmou o CEO no vídeo publicado nessa quarta-feira (25).
Nós estamos ouvindo vocês. Por isso, o presidente do Giraffas, Carlos Guerra, informa o nosso posicionamento diante à crise atual e restabelece a verdade. Além disso, lembramos: fiquem em casa e sigam as recomendações dos órgãos competentes de saúde. Juntos superaremos o Covid-19 pic.twitter.com/YXblniUpRE
— Girafinha Oficial (@GiraffasOficial) March 25, 2020
Carlos Guerra também destacou que o Giraffas não apoia nenhum governo e que a opinião do filho não reflete e muito menos representa a posição da empresa. O empresário finalizou o anúncio explicando o posicionamento que a rede de restaurantes assumiu com os funcionários durante a pandemia.
“Pedimos para eles ficarem em casa, tomarem o máximo de cuidado, colocamos de férias coletivas remuneradas e dizendo que fiquem despreocupados que terão seus empregos na hora do retorno ao trabalho. Em relação à crise em si, estamos concordando e obedecendo autoridades as médicas responsáveis: de ficarmos em casa e obedecermos esse isolamento até que nosso sistema de saúde seja capaz de determinar uma política diferente”, finalizou Guerra.