Um homem de 34 anos foi acusado de praticar estupro virtual em Teresina, no Piauí. Ele teria tirado fotos íntimas da vítima, com quem namorou, enquanto ela dormia e ameaçado divulgar as imagens, caso a mulher não lhe enviasse mais “nudes”. Ele está preso há uma semana e, apesar de o crime virtual não estar previsto no Código Penal, foi enquadrado no artigo 213 que trata sobre estupro. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Segundo a Polícia, o acusado criou um perfil falso em uma rede social e passou a ameaçar a divulgação das imagens na internet e nas redes sociais para a família e os amigos da vítima se ela não enviasse mais registros de momentos íntimos. Ele ainda a obrigou a usar vibradores e a introduzir outros objetos na vagina. A vítima tinha que enviar fotos explícitas para ele.
A partir de investigações, a polícia descobriu o IP do computador e chegou até a casa do homem, um técnico de informática. A polícia apreendeu um computador, celulares e pen drives, onde encontravam-se provas do crime.
De acordo com o Código Penal, o crime de estupro trata-se de obrigar alguém a realizar atos libidinosos sob chantagem ou ameaça. Apesar de não ter ocorrido violência física, a polícia civil afirmou que a vítima foi ameaçada e constrangida mediante grave ameaça para manter ato libidinoso, o que caracteriza o crime.
A Polícia Civil diz ainda que o estupro virtual é “uma forma de exploração sexual ou pornográfica, em troca da preservação em sigilo de imagem ou vídeo da vítima em nudez total ou parcial, ou durante relações sexuais, previamente guardadas”. O delegado responsável pelo caso, Daniel Pires, da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática, explicou que o crime trata-se de estupro ocorrido em ambiente virtual.
O técnico morava no mesmo bairro da vítima. Ele é casado, pai de um filho e a sua atual esposa está grávida. O relacionamento dele com a vítima aconteceu há cinco anos atrás e durou apenas duas semanas.